domingo, 26 de dezembro de 2010
Mergulhar
Um dia tive contato com o mar. Esse mar era lindo, infinito, parecia profundo e misterioso.
O contato visual foi o bastante pra me aproximar, as cores estavam em minha frente. Cores vivas, nas algas, nos peixes, na areia branca, nas ondas... Tive um contato com o som das ondas, aquele som me acalmou, deixou o dia sereno. Então entrei no mar. Senti uma mistura de sensações: Gosto de água do mar, cheiro da água, um friozinho logo no inicio, mas logo fiquei familiar com aquele ambiente. Era uma questão de aprendizagem. Tive o contato, o interesse, aceitação do novo. Tudo aquilo agora fazia parte de mim. Então me questionei. Qual o limite do ser e do estar? Eu senti a aceitação de meu corpo e interação dos meus pensamentos. Foi formidável!
A superfície era espetacular, com ondas pequenas medias e grandes. Muitas pessoas sorriam e outras estavam indiferentes ao ambiente. A presença das outras pessoas era secundária naquele momento, o meu momento. O reflexo do sol nas ondas, o horizonte, as próprias ondas se quebrando na praia, o nadar das pessoas na superfície, era animador. Então meu corpo já estava mergulhado e senti algo me tocando o braço, era um pequeno peixinho me convidando pra um mergulho. Ele era muito intimo daquele lugar ao ponto de não está na superfície, mas porque vivia em lugar tão fundo?
Bom, o convide não poderia ser recusado, então de forma natural mergulhei de cabeça. Meu corpo já estava dentro de todo aquele ambiente, mas eu ainda não o sentia na sua essência completa. Mergulhei, mergulhei e mergulhei. Descobri o infinito que ainda não era conhecido por meus olhos e por minhas sensações.
Senti falta de ar e voltei a superfície, respirei e então fiz tudo aquilo novamente, aquele peixinho estava longe agora, só que me deixou um presente, seu rastro... Ao mergulhar ele se diluiu naquela imensidão. Ele era parte de tudo aquilo, ele era a complexidade e a simplicidade daquele momento e daquele oceano, era a fusão da unidade com a parte necessária. Uma mistura de ser e estar.
Percebi que mergulhar foi preciso, e hoje faz parte de mim. Sou um homem-peixe, e sinto o mar, sinto sua musica, seu cheiro, seu frio e calor, e quando me esqueço que estou no mar, lembro que nessa hora sou parte dele e que alguém deve está tendo seu primeiro contato, nesse momento. Alguém está mergulhando.
Algumas vezes vou à superfície para contemplar o pôr-do-sol, o amanhecer também. Só que logo sinto a vontade de voltar, porque pra mim, mergulhar se tornou necessário.
Gabriel Revlon
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Nossa Geração
Nossa geração ama a superficialidade. As pessoas fazem o mínimo, seja no trabalho, seja na escola, seja nas universidades, seja na política, seja nos relacionamentos, etc. Será que essa geração acredita que fazer tão pouco - o mínimo - é o bastante? Parece-me que sim!
As pessoas buscam pouco, pesquisam pouco, lêem pouco, discordam pouco, questionam pouco e desconstroem quase nada. Poucos tentam ir além e julgam ser insuportável fazê-lo.
Com a globalização e tecnologias vinculadas à informação, se torna fácil encontrar fontes Prontas de ”conhecimento”, como : trabalhos escolares feitos, monografias copiadas, pesquisas prontas, resumos dos outros, além de outros ... Onde ficou nossa sede pelo conhecimento?
A internet tem um mundo de informações em músicas, vídeos, conferências ao vivo, livros digitalizados, obras de arte, dentre outros milhares de benefícios da graciosa tecnologia do nosso século. Porem as pessoas mal lêem um livro inteiro. Elas começam empolgadas, continuam menos empolgadas e logo desistem. Pergunto-me, por que tanto desinteresse ?
Os jovens, que normalmente têm em si o espírito revolucionário, que buscam a desconstrução e então a formação de novos valores democráticos, estão deitados em frente as TVs, em frente aos computadores, em festas, etc. Não que essas ações sejam horríveis ou que não existam jovens que sejam revolucionários ou que seja necessária a condição de Vanguarda à juventude, Não ! Mas aquela busca por uma faíscas de pensamento, daqueles que pegam fogo, queimam no ar, explodem e contagiam as pessoas, tudo aquilo que faz da juventude uma fase marcante é pouco visível nos nossos dias. Quem os acomodou ?
Parece-me que não é só a comida que é empacotada, instantânea, de rápida digestão. Acredito que isso também ocorra com as informações e com a formação do conhecimento. Onde estão os estudantes adolescentes com visão integrada de mundo, com capacidade de ler bem um texto e debater sobre um assunto x? Há quem diga, mas isso é um Saco, Como já ouvir muitas vezes. É um saco Fazer exercícios de casa, é um saco ler as questões das provas com texto grande, é um saco ler um livro na escola ou em casa, é um saco querer aprender ... será que os vícios do consumo – Tudo Chega Fácil e prático – não estão danificando a aprendizagem dos adolescentes ?
E os professores , como estão ensinando nas escolas do país, como estão sendo tratados pelos alunos, como são vistos pelos alunos, quantos aplicam nas salas de aula o que aprenderam nas universidades a cerca de práticas pedagógicas relacionadas ao ensino e à aprendizagem dos seus alunos, quantos são bem remunerados, quantos não queriam ensinar ?
A nossa sociedade é reflexo de tudo isso. É essa nossa complexa sociedade que caminha em direção às facilidades, fugacidades, praticidades do sistema de consumo – não que todas sejam nocivas -. Porque esse amor pelo menor esforço e pela superficialidade?
Isso não é um fatalismo, claro que existem muitas pessoas que fazem diferente, buscam, inovam e tem sede de conhecimento. E existem as que não querem nada disso por opção, o que é um direito deles. Existe muito mais do que conhecemos. Mas sei que poderíamos fazer muito mais por nossa geração. Sinto falta de muitas coisas. Sei que podemos fazer muito melhor, porque merecemos um mundo melhor. Isso soa utópico, mas por incrível que pareça, até das utopias de um mundo perfeito para todos eu não escuto há muito tempo. Amadurecemos mais, Perdemos a essência, inovamos, regredimos ?
O que é essa nossa geração ?
Gabriel Revlon
Gabriel Revlon
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Quando penso em você, Poesia.
Quando penso em você penso em poesia
Quando lembro de sua boca, nostalgia
Quando fecho os olhos encontro seu abraço, e me sacia
Quando me lembro de você, embora distante, sei que ainda te verei... espero... o dia
Quando sei que o dia acabou eu repenso o dia e quando não escuto – sua voz - é como se faltasse a sua poesia
Quando penso em você eu me liberto do meu racional e entro num mundo sentimental...
As vezes vejo na desordem a organização das coisas.
Vejo que eu sou a parte de um todo e que preciso de outra parte...
Quando se ama, tudo passa a existir. E quando já existe, então o que era muito pequeno passa a ter um grande sentido...
Hoje sinto o vento, a brisa, as palavras, os conselhos, as notas de uma música...
Sinto que ainda estou aprendendo e reconstruindo...
E quando vou dormir, sei que o novo dia está chegando...
Quando penso em você sei que essa parte que ainda não conheço pode ser a minha construção, ou a simples espontaneidade de um sentimento...
Quando penso em você...... ah! Quando penso em você...
Gabriel Revlon
Quando lembro de sua boca, nostalgia
Quando fecho os olhos encontro seu abraço, e me sacia
Quando me lembro de você, embora distante, sei que ainda te verei... espero... o dia
Quando sei que o dia acabou eu repenso o dia e quando não escuto – sua voz - é como se faltasse a sua poesia
Quando penso em você eu me liberto do meu racional e entro num mundo sentimental...
As vezes vejo na desordem a organização das coisas.
Vejo que eu sou a parte de um todo e que preciso de outra parte...
Quando se ama, tudo passa a existir. E quando já existe, então o que era muito pequeno passa a ter um grande sentido...
Hoje sinto o vento, a brisa, as palavras, os conselhos, as notas de uma música...
Sinto que ainda estou aprendendo e reconstruindo...
E quando vou dormir, sei que o novo dia está chegando...
Quando penso em você sei que essa parte que ainda não conheço pode ser a minha construção, ou a simples espontaneidade de um sentimento...
Quando penso em você...... ah! Quando penso em você...
Gabriel Revlon
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
A sociedade e o Crime organizado
Dizem por aí que o crime organizado forma sociedades paralelas, dizem também que essas sociedades são marginais, que são alienadas e que tudo isso é consequência da exclusão social. Acredito que não é bem assim.
Primeiro pelo conceito de “paralelas”, segundo a matemática, retas paralelas não se cruzam, mas quando se tratam das sociedades do crime, elas não só se cruzam com o meio social como também estão contidas nele. Sociedade do crime é tida como um meio marginal ao meio social . Porem as semelhanças de modelo dessas sociedades são muitas. Seja na organização hierárquica: traficantes, laranjas, usuários, informantes, simpatizantes, etc. Seja na formação ideológica: o sistema de consumo com vendas, lucros, dívidas, parcerias,etc.
Segundo porque marginal conota exclusão social, mas o que vemos nos jornais é o contrário. O mundo do crime está ao lado, e não à distância. Pessoas de “bem” são presas por envolvimento nas diversas formas de crimes sociais. Seja por roubo, seja por estupro, seja por tráfico, seja por corrupção política, seja por desvio de verbas públicas, etc.
Quem forma as sociedades do crime afinal, será que eles tem uma cara, será que eles tem cor, será que eles tem credo, será que eles andam desenformados, será que são tão desorganizados, marginalizados, alienados e paralelos?
A sociedade do crime organizado veste terno, usa grife, tem avião particular, tem carro do ano, veste saia, passa fome, advoga, presta socorro, canta, investe... Será que estudar, trabalhar, criar um mundo melhor ainda é sedutor? Quantas crianças em escolas públicas estudam sem perspectiva de futuro, quantas em escolas particulares usam drogas ou simpatizam pelo mundo “alternativo” do crime? Ou seja, os sistemas de base da nossa sociedade estão envolvidos por possibilidades, boas ou não. Quando se trata da busca dos adolescentes por adrenalina, por uma vida “alternativa”,” por sexo, drogas e rock”, ou até mesmo pela simples curiosidade, cruzam a sociedade do tráfico que é uma subdivisão do crime organizado. Quando os jovens buscam o primeiro emprego e vêem no tráfico uma melhor forma de ganhar dinheiro. Quando os nossos homens públicos, sejam da polícia, política, órgãos do governo, facilitam o transito do crime organizado. Quando vemos tudo acontecendo ao nosso lado e agimos como se fosse algo banal, também estamos ajudando indiretamente a manter essa tal sociedade. Em fim, todos estamos envolvidos direta ou indiretamente.
Contudo colocar a culpa em alguém é mais fácil, mais barato, e além de tudo não mancha a nossa linda reputação. Dar nomes aos bois é a fuga quase perfeita. Eles são Marginalizado -não se misturam conosco -, eles são paralelos -não se cruzam conosco -, eles são bandidos – não são homens de bem -, eles são os outros – não somos nós - .
Qual é mesmo o conceito de sociedade ?
“Em Sociologia, uma sociedade é o conjunto de pessoas que compartilham propósitos, gostos, preocupações e costumes, e que interagem entre si constituindo uma comunidade.”
“Em Biologia, sociedade é um grupo de animais que vivem em conjunto, tendo algum tipo de organização e divisão de tarefas, sendo objeto de estudo da Sociobiologia.”
Até quando vamos negligenciar às nossas obrigações sociais? Porque manter distante os problemas que são nossos? Acredito que para solucionar problemas como o do crime organizado, problemas na saúde, problemas no ensino, dentre outros, devemos VER de forma diferente nossa sociedade, de forma mais inclusiva, VER nossos erros, VER como podemos melhorar, VER que o bem social depende do individual, da coletividade e da solidariedade.
Somos todos UM. Uma unidade com coisas boas e ruins.
Gabriel Revlon
Gabriel Revlon
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Condição humana
Porque o prazer pessoal está tão a frente do amor ao próximo?
Inconscientemente minha busca pelo prazer mortifica o outro.
Ainda que eu me arrependa de tudo, ainda assim quero o prazer.
Qual o estreito caminho do desapego de mim mesmo – narciso por natureza ou narciso social -?
Vejo um mundo de hedonistas egoístas, de pessoas loucas por si mesmo. Sem ter sequer um pequeno gesto de amor ao próximo. E quando me vejo nessa corrida desesperada por mim mesmo, quando me percebo nesse poço sem fim, quando vejo essa corrida para o precipício de BELOS homens sem noção do que é amor, sinto profunda tristeza.
Acho tão belos os altruístas de 2 segundos. Aqueles que fazem um gesto de bondade momentâneo e dizem para todos, para que vejam o quão bondoso eles são.
Acho tão verdadeiros os bondosos de coração que trocam uma bondade por mil maldades. E ainda assim acham que têm créditos de bondade para gastar.
Quanto custa um lugar no céu?
Quanto custa um pouco de amor?
Quanto te dou para que me dê em troca?
Quão bom sou, espelho meu!
Se meu corpo quer tanto o prazer, porque dentro de mim existe algo que luta contra isso ?
Mesmo que lá no fundo, sei que ainda existe esperança para tudo isso. Ainda que Seja um milagre !
As ruas me dão a impressão de um grande desfile de modas. Me olhem, aqui , aqui !
- Olhem o quanto sou lindo, mas não se esqueça que não me importo com a diversidade nem quero dividir o meu prazer... Somente olhem e contemplem.
- Olha como é linda aquela celebridade -suspiros -.
Estou ouvindo a marcha fúnebre de minhas feias emoções compartilhadas. – um tédio !
Vamos mudar de assunto ?
(...)
A condição humana é tão contraditória. Pergunto-me qual a áurea de verdades absolutas que ainda mantém tudo isso de pé. Sei que existe algo que equilibra as sociedades humanas, pois os interesses e a eterna busca pelo prazer egoísta são sinais da destruição. As vezes penso em esquecer as utopias e desistir das pessoas. Mas sei que no fundo, ainda passa uma esperança por nossas mãos.
Gabriel Revlon
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Greenwashing
Greenwashing é uma expressão estrangeira que significa - maquiagem verde - . Algumas empresas investem em propagandas enganosas, usando o discurso ecologicamente correto e criando embalagens contendo carimbos de “sustentabilidade”, produtos que supostamente são produzidos de forma que beneficia as pessoas sem agredir o planeta, porem não é verdade. Essas empresas não tem produção sustentável. O interresse dessas empresas não é de preservar o meio ambiente e nem o fazem. Eis a nova forma de enganar as pessoas : o "consumo sustentavel" . As empresas continuam lucrando, destruindo o planeta, contudo disfaçados de "amigos do meio ambiente"
As pessoas consomem as tendências, e isso é primordial para o sistema capitalista. A bola da vez é a sustentabilidade - consumo ecológicamente correto, visando proteger o meio ambiente de danos irreversíveis - . Essa é a tendência, então a maquina capitalista investiu e nos vestiu ecologicamente. Capas de revistas de consumo estão verdes, embalagens de produtos não duráveis estão verdes, empresas e industrias extremamente nocivas ao meio ambiente agora estão verdes, o mundo está verde.
- ser ou estar, eis a questão -.
A maquiagem verde é alvo certo para consumidores conscientes e para os que ouvem falar em sustentabilidade. Um dos problemas de toda essa - trama verde – é que a "greenwashing" não está mudando o modo de pensar o consumo nas pessoas. Essas estão trocando o consumo que contribui para a destruição do mundo pelo consumo para "salvar" o mundo, isso não é contraditório ?
As vezes me pergunto, porque compramos embalagens, porque a capa é tão sedutora, poque a superficialidade está tão sólida no nosso dia-a-dia, porque as pessoas acham que o consumo é o antidoto para o capitalismo ? fui ambíguo na última pergunta ?
Porque para mim o consumo e o capitalismo são tão íntimos ao ponto de se confundem. E enquanto isso NÓS achamos que o consumo verde é a salvação do planeta.
O consumo consciente é uma alternativa ao desequilíbrio que existe em nossa sociedade, desequilibrio que faz do consumo desenfreado algo nessesário, mesmo quando não é necessário ter mais do que é preciso. Só se a necessidade real for a ostentação... Mas esse é outro assunto. Retomando ao tema, a maqueagem verde deve ser reconhecida por nós para que o consumo- travestido - verde não seja nosso novo alvo.
O ideal seria consumir menos, porque assim evitariamos as sobrecargas capitalistas no nosso bolso, na demanda exagerada de matérias primas do planeta, nos desmatamentos, na exploração do trabalho - de forma desumana muitas vezes -, e em todos os outros processos nocivos causados pelo sistema de consumo, agora consumo verde ou "greenwashing".
Bom, com green ou sem green, precisamos rever nossa forma de pensar o consumo, porque revolucionar o pensamento pode nos vacinar para as diversas maquiagens do capitalismo, pode nos levar a melhor qualidade de vida, pode gerar sustentabilidade, pode humanizar nossa relação com o outro. Enquanto isso, faremos resistências as multiplas formas de discurso e maquiagens verdes ou não do sistema – esse grande lobo com pele de cordeiro -.
Gabriel Revlon
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Declaração universal dos direitos do sistema
Eliminar o problema ou resolvê-lo democraticamente? O sistema sabe o que fazer na hora certa. E hoje eu tive certeza disso. Descobri os direitos universais do sistema. – eliminar o que é incomodo aos interesses da sociedade para manter o bem supostamente comum -, Será que isso é possível?
Essa manhã eu estava assistindo jornal e vi uma reportagem curiosa. Uma cidade construída na proximidade de uma reserva ambiental teve um dia diferente do comum. As pessoas foram surpreendidas por ursos que caminhavam pelas ruas da cidade, provavelmente a procura de alimento ou simplesmente por descobrir um lugar próximo à reserva, sua casa natural.
Por se sentirem ameaçadas, as pessoas contataram as autoridades que logo resolveram o problema: Mandaram policias que mataram os ursos, tenho certeza que essa foi à ação mais fácil encontrada – eliminar o problema-.
Fiquei pensando, as pessoas invadem o espaço natural do animal, desmatam, diminuem a área de caça do animal, desequilibram o ecossistema local, e quando o animal resolve passear pelas ruas as pessoas que invadiram seu espaço natural simplesmente o matam. Uma cidade sem planejamento ambiental prévio, porem segura contra animais,isso se chama "progresso" no manual de direitos do sistema. É simples assim, matar problemas e não os resolver de forma pacífica e boa para ambas as partes. Não poderiam sedá-los e levá-los a mata novamente?
E com as pessoas, o que o sistema faz com os que resolvem reivindicar seus direitos humanos, direitos básicos do seres humanos?- “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.”- o que fazem para as pessoas que morrem todos os dia por falta de atendimento, as que morrem pelo tráfico de drogas, as que invadem o espaço de interesses do sistema, o que eles fazem ? onde se aplica a nossa Declaração universal dos direitos humanos?
Seria o ideal, mas o que normalmente vemos é a - declaração universal dos direitos do sistema -, onde as pessoas que saem da linha, não são sedadas com o esclarecimento ou acompanhadas para suas casas ou atendidas pelo sistema que invadiu seu espaço natural, social e econômico. Muitas vezes eles puxam o gatilho, o gatilho do sistema. Eliminam o problema e a paz prevalece.
Pessoas morrem todos os dias vitimas do sistema, pois procuram os seus direitos humanos. E enquanto você ler esse texto, o sistema mata urso e pessoas.
Viva à declaração universal dos direitos do sistema !
Gabriel Revlon
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Sociedade real com Hierarquias abstratas
As formas de hierarquia de nossa sociedade não são palpáveis, são abstratas e muitas vezes produzem dores ou alegrias que o corpo pode sentir. É uma surra ideológica ou um carinho abstrato. Muitas vezes Formamos personalidades no nosso semelhante e muitas vezes os vemos em um degrau acima de nós. Porque o cantor, o político, o ator, o escritor, e os tantos outros profissionais massificados pela mídia nos causam tantas sensações abstratas? Porque nos emocionamos, gritamos, choramos ou nos espelhamos neles? Será que queremos ser tão “importantes” quanto eles? O que fizeram com a pluralidade e o valor às diferenças entre as pessoas – essencial ao respeito -? Porque diante de uma celebridade que é um ser humano ,(senti, chora, sorri, bebe, come etc.), como eu, não me vejo tão importante quanto ele?
Às vezes me vejo em um labirinto invisível aos meus olhos, porem muito visível ao meu pensamento. Um dia me deparei com uma situação incomoda para mim, apesar de eu não está diretamente ligado a ela. Vi na televisão uma pessoa humilde dando entrevista. Era um pescador. Ele falava de maneira pomposa, ou pelo menos tentava. E isso por querer se adequar àquela situação de “entrevistado” por um jornal importante. Ele era Alguém importante naquela hora, Era isso. Ou tinha que ser! Ele se vestiu de palavras e posturas para representar os seus 5 segundos de fama.
Um parnasiano se apresentava ao show das formalidades... Ambíguo? Talvez não para ele. Pensei... Andar de terno deve realmente conotar “ser importante”. Andar de terno? Sim! Eu o vi de terno naquela hora, apesar dele está sem camisa na beira da praia. Acho que ele poderia ser - ele mesmo - naquela hora. Poderia falar de maneira coloquial, poderia exercer sua liberdade de expressão, tanto na linguagem quanto na postura corporal, no tom da voz, nos gestos corporais etc. O pescador que se despiu de sua liberdade popular para vestir um terno de personalidade.
Estava visível ao meu pensamento a – sociedade real com hierarquias abstratas – Trocando em miúdos: “O rapaz deu uma de bacana porque estava na TV”. E agora eu vou deixar essa conversa de “ acadêmicos “ por hora, porque tenho que estudar. E por sinal muita coisa.
ME DEIXE falar do jeito que eu quero, porque estou em casa, na rua, na praça, na favela, nos parques etc. Sou o povo, e me vejo como povo! Quero tirar o terno e ficar de calção na beira da praia experimentando um dia de boas sensações abstratas, mas livre e sem querer ser “importante” para os olhos alheios.
Gabriel Relon
Gabriel Relon
domingo, 19 de setembro de 2010
Vozes da Adolescência
- Por que me olham assim ?
- Por que tantas mudanças ?
- Por que minhas mãos soam quando ela(e) está perto ?
(...)
- E quando não sei o que dizer?
- E quando quero conversar?
- E quando quero botar pra fora o que me angustia?
PRECISO CONVERSAR... PRECISO FALAR... PRECISO GRITAR...
-Preciso de alguém que possa me escutar, preciso desabafar.
IdentIDADE descoberta, desejos a flor da pele, pupilas dilatadas, ouvidos atentos.Tudo ou nada pode acontecer no decorrer do tempo e mesmo quando sei que “não posso” quero provar pra ver...
- Quero sentir, quero desvendar as fronteiras do viver...
- Quero provar o amargo e o doce do ser...
- Quero pagar pra ver...
- Quero Adrenalinaaaa...
- Quero pensar nela(e) o dia todo, haaaaaa ”suspiro”
Posso te contar um segredo?
- Eu sou o amadurecimento, o empírico, o teste, o sonho, o lúdico, o pintor com a tinta na mão e desejo pintar um quadro em branco.
-Quero escrever as páginas em branco do diário do dia-a-dia
-Por favor, me entenda...
E enquanto tudo isso acontece, seguimos a rima, amadurecendo na essência do viver.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
O vidente
O vidente via em sua bola de cristal uma luz vermelha, ele via também outras cores, mas em tons fracos. Via sorrisos, pais abraçando filhos, amigos de mãos dadas e alguns de mãos erguidas. Era tempo de felicidade, pensou ele.
Uma mulher, porém, se destacava entre aqueles homens, seu nome era Continuidade.
Continuidade tinha um brilho incomum. O vidente tinha a impressão de que muitas pessoas a queriam em evidência. Mas por quê? Perguntou-se. Seu brilho era muito forte, comparado ao de uma estrela. Era isso! Exclamou para si. Logo ele se deu conta que não se tratava só de amigos e familiares, havia também homens de negócio fotografando todos aqueles sorrisos, abraços e mãos erguidas. Homens de negócio? O vidente não entendeu bem o que ocorria, mas continuou a observar.
Outra figura importante naquela visão chamou a atenção do vidente, um barbudinho que se dizia companheiro de continuidade... Tinha um discurso sereno, calmo, suave, dava impressão que ele tinha boa vida. Em seu passado o vidente viu luta, discursos, amigos, homens de negócio, viagens, muitas por sinal, além de uma amizade estreita com os homens de negócio. Todos eles sorriam muito, tinham sorriso para dar e vender.
O barbudo emitia a mesma cor de Continuidade, um vermelho intenso. Só que os homens de negócio o pintavam com outras cores e ele tentava se lavar como se não quisesse aqueles tons. Muito estranho, ele pensou.
O vidente começou a ficar confuso, mas simpatizou com tudo aquilo que via. Ele gostou de toda aquela trama. Minutos mais tarde saiu para espairecer e pensar sobre tudo aquilo que viu há pouco.
A mãe do vidente percebera que o seu filho tinha saído do seu quarto em direção a rua, ele tinha no semblante um quê de felicidade e descoberta. Ela entrou em seu quarto e desligou a TV que estava ligada. Saindo do quarto viu uma bola espelhada ao lado da cama de seu filho, mas saiu sem dar importância. Pensou ela, Esse menino anda no mundo da lua!
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
A Essência das palavras
De onde vem a essência da palavra, Do falar, do ouvir, do viver, do ser e estar?
Palavras cruas são temperadas por minha e sua cultura, algumas perdidas e outras encontradas, agregadas, e por um tom, o Mi se torna Fá, e lá vai à música pro Se.
Ou seria o Sí? Nota-se que o tom diferente pode soar outro efeito, outro gesto na dança ou outro sabor em cheiros e fantasias... Que delícia, essa coisa de tentar escrever a sensação.
Contemplo... Procuro as palavras catadas em sua escrita inscrita em Ser e estar. Paro no meio do caminho... És a própria sensação. O mar em um copo d’água, o completo na parte. Tento até mexer com vogais e consoantes, mas os sons percussivos, violas, comidas, amores, São!
E eu catando grãos de areia para que Estejas aprisionada em um papel...
Gabriel Revlon Seabra
domingo, 15 de agosto de 2010
De olhos fechados
Nosso olhar traduz o que está escrito em nosso interior, e muitas vezes reconstruímos o outro por pinturas já prontas dentro de nós.
A claridade pode ser fonte de cegueira quando se olha de frente.
As sombras são necessárias para se delinear o relevo, e isso é muito importante. Sem elas poderemos nos equivocar. "A ilusão de óptica gerada por nossas convicções nos faria mergulhar em erros de percepção. E quem desconfiaria que o nosso sentido mais confiável pudesse nos enganar?" - A visão - é seguramente precisa?
A claridade pode ofuscar os sentidos. Prefiro o delinear das curvas, a pintura em relevo, a voz que toca o vento e chega aos ouvidos, o tato que sente o calor e o frio, o gosto que desperta o paladar. Se for preciso olhar, prefiro que seja com sombras, mas se não for ficarei mais a vontade, porque as melhores coisas prefiro ver de olhos fechados.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
A história de um crime, e a perpetuaçao das lembranças
Retirado do filme "o segredo dos seus olhos". Assistam, é muito bom... Esse é um olhar sobre parte do filme...
Aquele dia foi diferente dos outros. A esposa olhou para o marido que tossia muito e com um olhar de cuidados, meio sorridente, meio preocupada e lhe fez um chá. Ele tomou e foi para o trabalho. No fim da tarde ao retornar para casa, entrando no seu quarto presenciou uma cena terrível que jamais sairia de sua mente, sua mulher ensangüentada entre a cama e o chão, com suas belas mãos fechadas imprimindo força, como se quisesse se defender de algo, tinha um olhar assustado, sua boca estava entreaberta e sua pele com muitas marcas vermelhas. Seu corpo alvo tinha diversas marcas de violência.
A polícia chegou ao local, fez a perícia como se fosse algo casual, mais um assassinato na rua x. Mas naquela investigação no fim de tarde havia um olhar diferente sobre o caso. O investigador ficou perplexo com o que via diante de seus olhos e resolveu desvendar aquele assassinato. Durante dias ele encontrou com o Marido da jovem assassinada e recolheu informações sobre o caso. Foram à casa do jovem marido e lá tinham muitas fotos e lembranças do casal. Uma coisa porem intrigou o investigador. Muitas das fotos do casal com amigos havia um homem que olhava para a linda jovem com olhar fixo, obsessivo. O investigador comentou com o jovem viúvo – quem é esse homem que olha para sua esposa de forma tão característica em diversas fotos? O jovem respondeu com os olhos lacrimejando e cheio de duvidas, e tapando a própria boca em um estado de descoberta...
Eles procuraram provas durante dias e enfim descobriram cartas trocadas por sua esposa e o amigo durante a adolescência e também descobriram que tiveram um caso que não deu certo no mesmo periodo. O caso começava a transparecer, só faltavam encontrá-lo e interrogá-lo sobre o assassinato. Mas o suspeito tinha se mudado da cidade havia um mês, período em que o assassinato ocorrera. O investigador viajou em busca do suspeito e o encontrou em um jogo de futebol, outra obsessão do suspeito revelada nas cartinhas mandadas para a dona da pensão onde ele morava antes da viagem, mulher por quem tinha verdadeiro apreço, o suspeito foge ao sentir a presença dos policiais e depois de uma cansativa perseguição ele é preso. No outro dia ele é interrogado pelo investigador e uma advogada, sem provas concretas do assassinato eles ficam de mão atadas. Mas uma ação do suspeito deixa a advogada ainda mais firme sobre o assassinato. Enquanto falava ao ouvido do investigado percebera que o suspeito olha impulsivamente para sua blusa entreaberta, observando seus seios, com um ar de desejo, um desejo incontrolável. Ela então faz o jogo dele e através de instigações a sua masculinidade confirma o perfil do suspeito. Ela o insulta dizendo, -- nesse laudo tem escrito que o estuprador deveria ser forte, devido aos danos na pele, deveria ser bem dotado, pelas marcas internas de violência encontradas na vítima, e provavelmente um sedutor, para ter um relacionamento anterior com uma mulher tão linda. Ela não daria bola para esse tipinho, disse a advogada. O suspeito ofendido fica bravo, xinga a advogada e lhe mostra suas partes dizendo, -- está vendo isso doutora? Além dessa agressão publica, ele dá um soco na face dela, o que demonstra sua culpa e enfim seu envolvimento no crime. Ele é preso. A justiça porem é lenta e burocrática, e o suspeito que agora era confesso estava em liberdade, não apenas por ineficiência da justiça, mas por conhecer alguém muito influente na área.
O investigador frustrado com o caso conversa com o jovem viúvo e o explica que chegaram muito perto e que a gravidade do caso daria prisão perpétua para aquele homem, mas que por meio de pessoas de influência o assassino não seria preso, enfim a injustiça era uma triste realidade. O jovem com ira nos olhos diz, -- Eu poderia matá-lo com três tiros e vingar minha amada, mas a dor dele não seria como a de um estupro, ou como a do vazio que sinto nesse momento. Eles continuam conversando e a tarde se foi...
25 anos se passam e o investigador vai à casa do viúvo, agora não mais jovem, e lhe faz uma visita. Ele morava em um sitio grande e distante da cidade. Os dois conversam enquanto tomam um café, e então o investigador diz para aquele senhor que está em sua frente. – Uma infeliz injustiça lhe aconteceu e eu vou fazer o possível para prender o assassino. Isso se ainda estiver vivo. O viúvo transtornado com as lembranças fala com voz áspera, -- JÀ SE PASSARAM 25 ANOS, por favor esqueça isso. E num gesto bruto levanta e abre a porta dizendo, -- vá embora de minha casa.
O investigador tenta acalmá-lo e lhe diz palavras de conforto. O viúvo ainda transtornado, porem com um pensamento transpondo a ira lhe chama novamente pra mesa e lhe diz, -- Eu matei o assassino, fiz justiça com minhas próprias mãos, e lhe conta como foi que ocorrera, dando três tiros e jogando o corpo em um lugar inóspito. Depois de uma longa conversa o investigador se despede e pega seu carro. Na estrada lhe vem às lembranças uma conversa de anos atrás onde o viúvo o falava que não seria dolorosa uma simples morte ao assassino de sua amada. Pensativo o investigador volta ao sitio e com passos surdos vai até a casa. Ver uma luz acesa em um casebre afastado e resolve se aproximar sem fazer barulho. Ao chegar ao lugar ele entra despercebido e ver uma jaula grande, fria e com pouca claridade. Aquele lugar velho lhe causava arrepios. Ele adentra o casebre e ver preso naquela jaula terrível, um senhor. Reconhece sua face, era o assassino, mas as rugas tomaram-lhe a face. Com um olhar confuso ao ver um ser humano enjaulado e outro lhe dando um prato de comida, fica boquiaberto. Ao perceber sua presença o preso deixa o prato cair e se aproxima do investigador até o limite da jaula dizendo com voz cansada e tremula, -- Peça a ele que quando vier me trazer comida, ao menos fale comigo... O velho assassino tem um olhar fundo de solidão, um olhar reflexivo e não mais obsessivo. Os olhos do investigador se afastam dele por um instante e se fixam no viúvo que cabisbaixo lhe diz, -- Você disse que era Prisão perpétua...
As vozes se calaram e o som da noite adentrou aquele lugar solitário...
O investigador vai para sua casa, o velho assassino fica preso e o viúvo continua a alimentar por todos os dias, sua vingança, a solidão do velho assassino e a imagem dolorosa de sua amada ensangüentada entre a cama e o chão do seu antigo apartamento.
Aquele dia foi diferente dos outros. A esposa olhou para o marido que tossia muito e com um olhar de cuidados, meio sorridente, meio preocupada e lhe fez um chá. Ele tomou e foi para o trabalho. No fim da tarde ao retornar para casa, entrando no seu quarto presenciou uma cena terrível que jamais sairia de sua mente, sua mulher ensangüentada entre a cama e o chão, com suas belas mãos fechadas imprimindo força, como se quisesse se defender de algo, tinha um olhar assustado, sua boca estava entreaberta e sua pele com muitas marcas vermelhas. Seu corpo alvo tinha diversas marcas de violência.
A polícia chegou ao local, fez a perícia como se fosse algo casual, mais um assassinato na rua x. Mas naquela investigação no fim de tarde havia um olhar diferente sobre o caso. O investigador ficou perplexo com o que via diante de seus olhos e resolveu desvendar aquele assassinato. Durante dias ele encontrou com o Marido da jovem assassinada e recolheu informações sobre o caso. Foram à casa do jovem marido e lá tinham muitas fotos e lembranças do casal. Uma coisa porem intrigou o investigador. Muitas das fotos do casal com amigos havia um homem que olhava para a linda jovem com olhar fixo, obsessivo. O investigador comentou com o jovem viúvo – quem é esse homem que olha para sua esposa de forma tão característica em diversas fotos? O jovem respondeu com os olhos lacrimejando e cheio de duvidas, e tapando a própria boca em um estado de descoberta...
Eles procuraram provas durante dias e enfim descobriram cartas trocadas por sua esposa e o amigo durante a adolescência e também descobriram que tiveram um caso que não deu certo no mesmo periodo. O caso começava a transparecer, só faltavam encontrá-lo e interrogá-lo sobre o assassinato. Mas o suspeito tinha se mudado da cidade havia um mês, período em que o assassinato ocorrera. O investigador viajou em busca do suspeito e o encontrou em um jogo de futebol, outra obsessão do suspeito revelada nas cartinhas mandadas para a dona da pensão onde ele morava antes da viagem, mulher por quem tinha verdadeiro apreço, o suspeito foge ao sentir a presença dos policiais e depois de uma cansativa perseguição ele é preso. No outro dia ele é interrogado pelo investigador e uma advogada, sem provas concretas do assassinato eles ficam de mão atadas. Mas uma ação do suspeito deixa a advogada ainda mais firme sobre o assassinato. Enquanto falava ao ouvido do investigado percebera que o suspeito olha impulsivamente para sua blusa entreaberta, observando seus seios, com um ar de desejo, um desejo incontrolável. Ela então faz o jogo dele e através de instigações a sua masculinidade confirma o perfil do suspeito. Ela o insulta dizendo, -- nesse laudo tem escrito que o estuprador deveria ser forte, devido aos danos na pele, deveria ser bem dotado, pelas marcas internas de violência encontradas na vítima, e provavelmente um sedutor, para ter um relacionamento anterior com uma mulher tão linda. Ela não daria bola para esse tipinho, disse a advogada. O suspeito ofendido fica bravo, xinga a advogada e lhe mostra suas partes dizendo, -- está vendo isso doutora? Além dessa agressão publica, ele dá um soco na face dela, o que demonstra sua culpa e enfim seu envolvimento no crime. Ele é preso. A justiça porem é lenta e burocrática, e o suspeito que agora era confesso estava em liberdade, não apenas por ineficiência da justiça, mas por conhecer alguém muito influente na área.
O investigador frustrado com o caso conversa com o jovem viúvo e o explica que chegaram muito perto e que a gravidade do caso daria prisão perpétua para aquele homem, mas que por meio de pessoas de influência o assassino não seria preso, enfim a injustiça era uma triste realidade. O jovem com ira nos olhos diz, -- Eu poderia matá-lo com três tiros e vingar minha amada, mas a dor dele não seria como a de um estupro, ou como a do vazio que sinto nesse momento. Eles continuam conversando e a tarde se foi...
25 anos se passam e o investigador vai à casa do viúvo, agora não mais jovem, e lhe faz uma visita. Ele morava em um sitio grande e distante da cidade. Os dois conversam enquanto tomam um café, e então o investigador diz para aquele senhor que está em sua frente. – Uma infeliz injustiça lhe aconteceu e eu vou fazer o possível para prender o assassino. Isso se ainda estiver vivo. O viúvo transtornado com as lembranças fala com voz áspera, -- JÀ SE PASSARAM 25 ANOS, por favor esqueça isso. E num gesto bruto levanta e abre a porta dizendo, -- vá embora de minha casa.
O investigador tenta acalmá-lo e lhe diz palavras de conforto. O viúvo ainda transtornado, porem com um pensamento transpondo a ira lhe chama novamente pra mesa e lhe diz, -- Eu matei o assassino, fiz justiça com minhas próprias mãos, e lhe conta como foi que ocorrera, dando três tiros e jogando o corpo em um lugar inóspito. Depois de uma longa conversa o investigador se despede e pega seu carro. Na estrada lhe vem às lembranças uma conversa de anos atrás onde o viúvo o falava que não seria dolorosa uma simples morte ao assassino de sua amada. Pensativo o investigador volta ao sitio e com passos surdos vai até a casa. Ver uma luz acesa em um casebre afastado e resolve se aproximar sem fazer barulho. Ao chegar ao lugar ele entra despercebido e ver uma jaula grande, fria e com pouca claridade. Aquele lugar velho lhe causava arrepios. Ele adentra o casebre e ver preso naquela jaula terrível, um senhor. Reconhece sua face, era o assassino, mas as rugas tomaram-lhe a face. Com um olhar confuso ao ver um ser humano enjaulado e outro lhe dando um prato de comida, fica boquiaberto. Ao perceber sua presença o preso deixa o prato cair e se aproxima do investigador até o limite da jaula dizendo com voz cansada e tremula, -- Peça a ele que quando vier me trazer comida, ao menos fale comigo... O velho assassino tem um olhar fundo de solidão, um olhar reflexivo e não mais obsessivo. Os olhos do investigador se afastam dele por um instante e se fixam no viúvo que cabisbaixo lhe diz, -- Você disse que era Prisão perpétua...
As vozes se calaram e o som da noite adentrou aquele lugar solitário...
O investigador vai para sua casa, o velho assassino fica preso e o viúvo continua a alimentar por todos os dias, sua vingança, a solidão do velho assassino e a imagem dolorosa de sua amada ensangüentada entre a cama e o chão do seu antigo apartamento.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
A estrela que guia o barquinho
Feita para uma pessoa especial. o significado de seu nome é : a estrela que guia o barco
Náh, lá no fim do céu está sua estrela,
Que guia o barquinho no fundo do mar...
Uma luz tímida e meiga,
Ouço daqui, seu som suave, sereno
E vou me perdendo nesse mar sem fim...
E lá, lá está, nah: a estrela. está! e lá vai...
seu brilho, suaveee, refletindo a luz intensa,
e clara, mas de forma suave, como se não quisesse ser percebida;
Mas seu encanto vem, para guiar o pequeno barquinho que está bem alí, no infinito mar...
Náh reflete sua luz como poesia nas ondas do mar, e a lua, vem ajudar a desenhar o traço cintilante nas ondas que balançam como música. E lá está, náh... e lá vai, a estrela deixando seu marcante e tímido traço de luz para guiar o barquinho, que segue o seu rastro de luz;
Música e poesia.
Náh, lá no fim do céu está sua estrela,
Que guia o barquinho no fundo do mar...
Uma luz tímida e meiga,
Ouço daqui, seu som suave, sereno
E vou me perdendo nesse mar sem fim...
E lá, lá está, nah: a estrela. está! e lá vai...
seu brilho, suaveee, refletindo a luz intensa,
e clara, mas de forma suave, como se não quisesse ser percebida;
Mas seu encanto vem, para guiar o pequeno barquinho que está bem alí, no infinito mar...
Náh reflete sua luz como poesia nas ondas do mar, e a lua, vem ajudar a desenhar o traço cintilante nas ondas que balançam como música. E lá está, náh... e lá vai, a estrela deixando seu marcante e tímido traço de luz para guiar o barquinho, que segue o seu rastro de luz;
Música e poesia.
Entardecer
O mar, de certo me faz sonhar,
Seu reflexo dourado claro me faz, desejar
o fim do céu ou seu horizonte.
Seu castanho dourado me perde o olhar
e no vermelho suave da boca vou encontrar
o gosto... gosto de boca ardendo em desejo de se dar...
eita, pensamentoo.....
Mar, céu, lábios de tímido sorriso, onde velejo...
Mar, céu, luar, águas claras e douradas, meu entardecer de desejos.
Mergulho nessa onda branca onde o sol deixa dourada
E com o por do sol vejo marte e seu vermelho dourado
e no reflexo do luar o dourado das ondas que se tocam e se beijam.
Mar, céu, luar, aguas claras e douradas, entardecer de meus desejos...
Seu reflexo dourado claro me faz, desejar
o fim do céu ou seu horizonte.
Seu castanho dourado me perde o olhar
e no vermelho suave da boca vou encontrar
o gosto... gosto de boca ardendo em desejo de se dar...
eita, pensamentoo.....
Mar, céu, lábios de tímido sorriso, onde velejo...
Mar, céu, luar, águas claras e douradas, meu entardecer de desejos.
Mergulho nessa onda branca onde o sol deixa dourada
E com o por do sol vejo marte e seu vermelho dourado
e no reflexo do luar o dourado das ondas que se tocam e se beijam.
Mar, céu, luar, aguas claras e douradas, entardecer de meus desejos...
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