quinta-feira, 1 de novembro de 2012

No fundo da Iris



A tentativa é ver onde a superfície é transpassada,
A afirmativa exclama depois de focar na imagem,
A assertiva quer inventar a equação,
A leitura da alma quer encontrar,
A investigação investe... Na certeza ?  Talvez.
Tenta, tenta, amplia com a lupa,
A iris que ver em seu destino uma marca: enxergar.
Toma a imagem pela Experiência,
Pede, exige a resposta, mas ganha em uma imagem a interrogação
E o arco-Iris leva o olhar ao tesouro da humanidade, o pensamento humano, o suposto outro.
A lente que toma o olho por si, a metonímia.
Quer unir a terra ao céu no fundo da Iris.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Um outro ângulo


Basta um observar, na zona onde o olhar não fixa, por vezes desprezada, e então o inusitado surge, quase uma lâmina no angulo de Reflexão da luz, A luz... A pequena lâmina quebrada, fragmentada no espaço oceânico se revela, intencionalmente brilhante e em silêncio !  

O mEu querido binóculo

É por onde te vejo,
É por onde amo você,
É por onde fixo em você,
É por onde não sei poque, mas quero te ver,
É por onde percebo as cores,
E se um dia eu perdê-lo, onde me encontrarei,
Como te encontrarei ?

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Desnudando com as palavras

Tirar a roupa não desnuda,
Palavras certeiras sim,
Fala, entona, ecoa, o verbo!
Diz até o que não se diz...
Pensa até que é só a palavras crua... abc
Despe o silêncio,
O ar livre das palavras despe posturas, coisas póstumas, escondidas onde nem se entende,
Mas a palavra sai.. significa!
Fiquei nu diante de suas palavras.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Ouro de tolo


A dominação é camaleônica, polida, sã, doce e sensata... brilha como ouro de tolo


... Numa conversa no café da manhã ela disse umas palavras com ar de felicidade , gabando-se:
- Ele me tratava como uma rainha, nunca precisava sair de casa para comprar nada, ele me dava tudo.
Não precisava falar com as pessoas nos lugares onde íamos, ele falava por nós. Tinha uma vida de boneca de porcelana, realizada... tinha roupas, filhos, casa, cozinha e quarto, uma maravilha...
Mas seu semblante por um segundo entristeceu, mas com a ternura de sempre...
- Ele era ciumento demais, não queria que eu falasse com as pessoas, as vezes era áspero com as palavras, eu não entendia bem tudo aquilo, mas o amava mesmo assim.
Hoje com 70 e poucos anos ela recorda seus poucos e bons momentos, um tempo que nunca voltará atrás... A sua doce juventude foi envolta de palavras lindas, uma boa educação , por uma vida de princesa. Ao final do café ela suspirou fundo e quase sorriu, não sei se de felicidade ou de costume, navegou fundo em suas lembranças... doce lembranças, com gosto de chocolate amargo, com brilhos de ouro nos olhos saudosos, quietos... reflexivos. Lembranças que não voltam mais.

... A marcha fúnebre tocava num rádio ligado na sala ao lado, baixinho, quase imperceptível aos ouvidos desatentos, eles falavam alto entre si, como nas famílias felizes e tradicionais numa mesa de café, falando sobre o cotidiano, sorrindo e alimentando-se do pão de todos os dias...

terça-feira, 9 de outubro de 2012

A casa dos sonhos..


... A casa do sonhos fabricou uma verdade,
A cabeça pensou, os olhos estavam fixos e a respiração devagar,
Com uma seriedade de quem vive um luto,
Batendo com o dedo na mesa em movimentos repetidos,
Eis a mulher branca, pensando, pensando, pensando..
Os seus cabelos brancos, experientes, indecisos no vento,
Seus pensamentos são mais juras do que certezas....
E a palavra entrega o jogo....
Que jogo, o da vida, o da verdade, o das palavras ?
Sem saber ao certo o que fazer ela suspira...
" Tantos anos de vida, e uma realidade sofrida,
Tanto gosto pra criar esses filhos, e o desgosto me assola."
O medo da solidão está ao seu  lado. Tão velho quanto o mundo...
E nos seus olhos as lagrimas chegam... um filho bruto e controlador, uma filha louca e
presa por um crime... Triste realidade.
Mas a esperança ainda assim embrulha o seu estomago junto com a angustia...
Uma náusea querendo ser vomitada, expulsa do corpo já desgastado...
Mas a casa dos sonhos não para...



segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Ninfa do lácio


... A Ninfa do Lácio chega com a primavera,
Dourada e com tons avermelhados, é uma confusão aos meus sentidos.
Sentidos unidos, perdidos, tácitos, quase que fixados.
 Seus tons são tímidos como um inicio de primavera, mas radiantes...
Chega da uma febre no coração,
Quantas formas, curvas, silêncio e sintonia,
A terra está fértil e  pronta  nascer o novo,
Os pássaros parecem que sentem o seu ar silencioso,
Então chegam e cantam para que o amor brote das flores...
O brilho chega intenso, parece que perdido no vento, a paixão e seus ardores,
No silêncio arranca do amante não as palavras, mas o sentir do fundo da alma...
Transpirando amores vermelhos, amores de primavera...
No palco do desejo a atriz é ninfa,
E a cena é vida entre os tons e ardores que no cheiro, no gosto e na pele querem saciar o desejo,
Onde tudo se encontra, onde tudo se encanta,
Para brilhar num instante ou numa vida inteira...
...A Ninfa do Lácio chega com a primavera,




domingo, 16 de setembro de 2012

Triste realidade numérica

1, 2, 3... infinito
Sinto, logo racionalizo. Estou aprisionado ao paradigma lançado sobre mim para formar um amalgama.
Acredito com tanta certeza e veracidade, que até penso que sinto e sinto que penso. Sinto as palavras e métodos como se fosse o vento, a luz, a água. Doce realidade, até parece que é doce.
Vejo, quero, experimento, sofro... Quase nada, mas se penso... Ah!, então encontro o caminho, a verdade, portanto, desvendada. Entre incógnitas, símbolos e sensações o tempo passa, mas o paradigma permanece, e de fato, nem se sente... Tudo lançado sobre mim, prosas, versos, sonhos, incertezas e muitas dúvidas, contudo, sinto, logo racionalizo... Pairando em fetiches teóricos, eu vou ... triste realidade numérica : 1, 2, 3... infinito

domingo, 2 de setembro de 2012

Representações Sociais


Auto-retrato do artista - Courbet

Dê-me esse objeto, por favor,
Me dá uma água, aê...
Sente-se e preste atenção, só vou dizer uma vez!
Ah, desse jeito vou me apaixonar por você  :D
Por favor, pare de estupidez!
Viver é simples, é natural, é quase um fluir...
Representar, o quê ? Quem está fazendo isso agora ?
Courbet
Eu, Você, Eles.... Mentira, Isso é apenas uma grande mentira...
Por favor, Quando se referir a mim, seja mais objetivo, Não sabe agir assim ?
... E o mundo gira, e as pessoas atuam, E os atores representam, e a vida acontece...
Quanto amor, medo e ódio existem em mim, acho que preciso Postar um pouco mais minha voz, VOZ!
Brilho, meia luz, escuro, claro demais.... Por favor um pouco menos de luz, ela está excessiva nesse papel...
Mas porque tanto amor, meu bem, porque tanto ardor, porque tanto viver... porque a vida é assim!
Doce meia realidade, o seu outro lado é ainda mais um close que um sentir, ou é realmente o contrário ?
Deixe-me só, por favor, preciso pensar sobre meus sentidos, sentimentos, formas de agir, quanto e quantos papeis, escritos com letras, em um outro lugar perdido no mundo....

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Pacificação Legitimada


Pacificadores, homens da lei..
Legitimados, vestidos de ideais,
Sorrindo em outdoors, aparentemente pacíficos, amigos, confiáveis,
Mas não é bem essa a realidade... Principalmente pra quem está na zona vermelha,
Zona vermelha, zona dos esteriótipos, zona dos maus, dos torpes, dos narcóticos,
Propagandas de tranquilidade, práticas de impunidade,
Armas apontadas para quem representa perigo social, o que é ensinado nas escolas e cobrado com armas,
Modos de viver, de consumir, de aparecer, de reluzir nos ares do ideal, do demarcado,
Pobres marginalizados, Transgredidos por representarem perigo,
Perigo a quem, a si mesmo? Sim! Já sabe até o modo de se vestir, tá tudo prescrito,
Câmeras nas ruas, casas "protegidas", representações garantidas...
Sonhos comprados com armas, dores pintadas de vermelho, ruas fechadas de medo,
Zona triste, chega dá medo, caras taxadas para morrer, caso não dance conforme o movimento ...
Estamos cada vez mais protegidos de nós mesmo, acostumados com sustos, prontos pra denunciar
mais uma impunidade para, enfim, a paz reinar...
Sorrisos nos rostos...
Disfarces perfeitos para o povo,
Pacificando as ruas, purificando as esquinas,
Comunidades atendidas, estendidas, vigiadas, protegidas, disfarçadas,
Ofendidas, taxadas, felizes, pacificadas,
Eu vi nos outdoors, agora nos sentimos protegidos,
Do vizinho, do amigo, de mim mesmo, mas nunca do governo...
Pacificadores, homens da lei...

domingo, 5 de agosto de 2012

Perdidas fagulhas de ti

Quando você sorriu, vi o sol se abrindo
Quando você virou pra mim, senti as fagulhas de fogo,
Quantas fagulhas perdidas de ti, perdidas no ar
Quantas delas me inundaram de ti,
Com você Tive viagens 1000, andei na velocidade da luz...
Quando você sorriu, vi fagulhas de ti...
Fagulhas ardentes, fagulhas da doce liberdade, fagulhas em segundos velozes..
Perdidas fagulhas de ti,
Meu bem, que doce impulso...

quarta-feira, 11 de julho de 2012

olhar disperso


Passa pelas mil e uma possibilidades,
Foca onde a imagem está borrada,
Estranha o mais simples gesto,
Contempla a disparidade,
Congela ali, bem ali, onde mora a pequena forma,
Nada de absoluto, apenas a pequena forma,
Aquilo que não se traduz e nem se quer traduzir,
Perdido olhar, quase que despede-se do único momento,
Da adeus a um exato retrato,
Apaixona-se pelo segundo,
Desfaz-se no movimento,
Como uma lente quer capturar o foco,
Olhar disperso, mirando o inusitado!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

O caba que encontrou umas lente na estrada...


êh cumpade, disse o caba, eu achei umas lente antonte,
Botei nos zói e vi umas coisa embaçada,
Mei turva, mei disfocada, 
Meu mundo entonce virô uma estoria errada,
Vi muleque andando doido, vi cor misturada,
Coisa Borrada! Parecia inté con-di-fada,
Fui no concertadô de lente e entoce ele me disse
que aquela não sirvia pra mim, tu visse ?
Logo agora que tava custumado a ver o mundo assim,
Coisa estranha essa doidera de lente, cumpade, diga pra mim ? 
Mó de ver melhô, tirei as lente embaçada,
Fiquei só com as armação, era de uma marca assim, das importada,
Cumpadeeee! Eu num sabia que meus zói era tão bom,
Agora  que da lente do zoto me larguei 
Vejo o mundo com as estoria que eu mermo criei,
Sem a lente do zoto vejo meus gosto,
Pois é, cumpade, vou seguindo meu caminho,
Lente de estrada é coisa engraçada,
Na hora fica até bunito, mas a enxaqueca é apressada,
Me dexe ir agora, porque tem monte de coisa pra fazê.
O mundo livre, pois bem, é assim que eu gosto de vê!

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Semântica

No dia em que se distorceram as palavras por belos discursos, alguém  apoderou-se dos seus sentidos,
O que era azul ficou roxo e enfim  fez-se vermelho, da cor do sangue,
Mas o azul celeste tornou-se vermelho cor de Sangue ?
No dia em que a palavra respeito confundiu-se entre outras semânticas,
Ah!, quase tudo se perdeu, Imagina se o verbo respeitar fosse apenas na medida do meu o do seu querer ?
Que faríamos nós, morreríamos ou mataríamos de tanto querer Respeitar ou querer Ter o respeito.
Ainda bem que Essa palavra não cabe em um saquinho de doces, Seria um perigo em certas mãos sedentas...
Ao que me parece algumas palavras fazem sentido a nível relacional, mesmo que muitos por ai queiram manipular sentidos,
Creio que algo anterior ao ponto de vista individual  existe em certos conceitos, como:  respeito, solidariedade, afinidade...
Quando vamos deixar a fase egocêntrica das crianças, fase de querer todo o doce de um pacote só para nós mesmos ?
Respeito é relacional, é um caminho de duas vias, é antes de ser discurso vazio ou direcionado, algo que está na imagem do outro, na face do outro.Imperativo! Então pare de esperar por mim, RESPEITE-me. Pare de querer me ensinar a ser do seu jeito, Não, eu não quero isso! muito obrigado!
De que mesmo eu estava falando ? Ah, desculpe-me, Era sobre a Semântica das palavras...

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Suplicas



Suplicas de um escravo do desejo,
Olhando assim da até medo,
Bravo, astuto e voraz, o impiedoso quer domar,
Na verdade nem sabe bem o que faz...
Traria consigo um punhado de desejo alheio ?
Triste é fim daquele serviçal
que se fez senhor do que lhe quer mal,
Não por querer, mas somente por ser,
ser aquele a quem se quer,
E por piedade o serviçal  nem se quer lhe deu o sabor,
De que tanto queria o senhor, o caminho de seu amor.
Sem saber, porem, que apenas por suplicar
o desejo de quem se quer aprisionar,
Por tanto tentar, Nunca o terá.

A troco de que ?


Grita, pune, Fala e fala, interrompe, novamente fala!
Impõe-se, expõe-se, a troco de que ?
Parece até que é de tanto querer,
Se não conhecesse essa história diria,
Ah, eu diria que quem de tanto querer poder,
Submete-se a sutil leveza de um simples gesto,
Aquele gesto a que parece submeter,
De tanto querer, Faz-se A VOZ do poder,
Frouxa vozinha que grita por pedir,
Pune por implorar,
Reprime por não ter,
A troco de que ?







segunda-feira, 11 de junho de 2012

Intenção



Tudo começa aqui na escolha,
Inicia-se no plano, encontra o seu  ápice  na ação,
Leva amor, cuidado, ódio ou ilusão,
Caminha entre as vias do desejo,
Encontra a coragem, a dor, o medo,
Mas enfim a sensação,
"De boas intenções..." eu já conheço esse ditado
E quem falou em certo ou errado ?
E quem diria que esse pensamento tão característico,
tão vivo, tão feio ,ou quem sabe, tão belo pode existir sem a ação,
E depois da ação já não é consequência,
Em pensar que na consciência que veste minha moral tinha uma mancha,
Uma mancha chamada intenção,
Mas que coisa é essa, coisa sem pé e sem mão,
Coisa cheia de desejo, talvez também de razão,
Coisa premeditada, calculada, coisa fria quando não aquecida por uma ação,
Ideia precisa, coisa subtendida, propósito caçado, o que é potencialmente real,
Algo mais colorido do que o simples ato preciso, Fadado a morte, fora da zona bem e do mal,
Intencionalmente premeditado em cada milimetro, em cada expectativa.
Pois bem, pena que muitas vezes o final não é tão doce quando o esperado,
A resolução pode ser vil como um gosto amargo ,
A maçã que é tão vermelha quanto o desejo e tão tentadora quanto uma mordida,
E quem disse que é doce, quem disse que é lisa ?
O final eu nem imagino, abstenho-me de por veneno na maçã,
Há quem diga que nem toda intenção é tão vil quanto o veneno,
E nem tão doce quanto a expectativa,
No clarear de uma obsessão,
Pode-se entender que além de todo o jogo,
Pode existir o diamante ou o "presente de grego",
Antes de todo o cuidado ,eu sei ,há uma intenção.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Encontro Secreto


Encontrei mais do que esperava,
Secreta sensação despida em cheiro, toque, arrepios e sorrisos soltos ao ar,
Como se não houvesse questionamentos de ti, apenas o arrepio, o corpo e a alma... A exclamação!
Flutuei no ar do aroma leve, de pele a pele busquei o caminho perfumado de ti,
Logo revirei os olhos, não acreditei...
Cheguei até a notar que existiam mais dos que eu, você e o infinito,
Não fosse o relógio e as vozes ao redor eu ficaria ali em transe,
Encanto secreto escondido em sua pele,
Encontro secreto com cheiro da pele crua, levemente perfumada
Feelin' Love, em sua melodia sensual, em meu pensamento ecoava mais que um jazz envolvente,
Suplicas de desejo secreto! Gritando por dentro...
Cheiro de boca e calor da respiração, Seus, em meu respirar, procurando-te de olhos cerrados,
Estive entregue por horas a fio, mas foram apenas meros minutos, meu bem,
De olhos fechados fiz suplicas, salivei, sorri, delirei...
Misturei tua energia e força as letras de seu nome,
E flutuei no cheiro de sua pele,
Feelin' Love, e cada nota te deixava mais irresistível,
Encontrei mais do que a sensação, o significado,
Encontrei você ali, meu desejo secreto...
No escuro encontrei o único cheiro, em sua pele fina...
Inspirando você e delirando, em transe, em nosso encontro secreto.
Depois de muito outros você disse sim! Encontrei seu sorriso, agora de olhos abertos....



terça-feira, 29 de maio de 2012

Talvez seja...


Talvez a única coisa real seja o amor,
Talvez seja o espelho da vida a estética
Talvez o homem tenha chegado ao pensamento puro, virtualizado,
Talvez tenha perdido o controle, e esse existiu realmente ?
Talvez seja a projeção de nós mesmo, o cotidiano,
 Pintados, pelas ruas, seduzindo nas formas e cores,
Desesperados, escravos da beleza,
Talvez seja um grande sonho senão ilusão,
O homem que viveu, morreu, na representação,
Talvez o amor seja a única coisa real,
Atemporal o amor anda em todos os lugares,
Pairando no ar como essência, como fumaça, como vida real.



quarta-feira, 23 de maio de 2012

O dobrar das arvores



Quem diria que o sol faz dobrar uma arvore,
Com o rastro da luz a arvore desvia seu caminho, enverga para o caminho do sol,
Outras arvores, plantas e plantinhas preferem a escuridão ou que sabe abundancia de água,
Enquanto isso, os cactos muitas vezes solitários desfrutam da aridez do solo, sem água e sem sombra...
As arvores crescem e se dobram, nascem e crescem aos monte embaixo de outras,
Há quem diga que as minusculas não são arvores, são arbustos, outras com folhas largas fazem sombra,
Às vezes penso, como seres tão perfeitos, vistosos, essenciais à vida dos outros seres não se dobram às palavras...
Seres tão vistosos e complexos vivem da abundância e privação...
Imagino eu, a ciência que estuda as arvores, a assimilação da luz na fotossíntese, o método de dobramento dos galhos, a curvatura dos troncos...
Sem aceitação e sentido atribuído pela "consciência de si", como haveria entre nós (pre) conceitos, ética, estética, valores, palavras, entendimento ?
Não seria mais fácil ser como no cotidiano das Arvores Reais e aparentemente inanimadas, vegetativas, contudo dinâmicas, frutíferas, venenosas, doadoras e ceifadoras de vidas, mesmo sem consciência daquilo que as vezes está em nossa frente, O Obvio! 
Não conhecedoras de si e de seus processos internos e dinâmicos elas crescem e morrem todos os dias, Trágico! Algumas sem chance de desenvolver são arrancadas, queimadas, devastadas. Enquanto outras são amadas e cultivadas ou até mesmo livres nos campos e florestas crescem, vivem, frutificam e morrem... Destino sublime e cruel o das arvores...
E eu aqui me perguntando, por que ou quem dobram-se as arvores ?

O vento e a maré


A maré até então calma desperta-se tomada pelo vento no litoral...
Maré vai e maré vem, sexta é dia de maré vazante, porem logo depois
no domingo é hora da maré voltar, cheia, vem com calmaria mas também chama a ventania.
A maré chega e fica dia de semana, cheia de alegria.... O vento então sopra devagar, levanta, balança cada onda na maré fazendo sons e balé com pedrinhas e contas no mar...
Eu vi Nega, eu vi o sol raiá diante de mim, diante de nós, no encanto, no encontro da maré e do vento
misturando o sentidos, misturando o fogo com o azul do céu, com o esverdeado do mar, com o laranja avermelhado do raiá do sol, com todas suas cores... eu vi Nega, no reflexo de seu olhar... Eu vi....

domingo, 29 de abril de 2012

O caminho de mim



O caminho de mim,
Caminho gelado, assustador, sublime, estonteante
Antes fosse o Poente, Mas eu vi, o Sol acabara de nascer.
Diante de mim, cercado de feras bravas e astutas.
Mesmo assim caminhei, andei por vales turbulentos, lentos, violentos, trémulos...
Enfrentei mais do que a solidão, sentir a dor, Viajei pro infinito, vi o claro e o escuro Profundo.
Senti em um momento que o peso era insuportável, então gritei,
Apavorado, lancei-me, gritei mais forte. Acredite, minha alma estava ali lançada!
Soltei-me dentro do meu caminho, perdi muitos sorrisos no caminho, ganhei muitas lagrimas.
A porta do sol é mais do que o inicio do dia ou a claridade na escuridão amedrontadora.
Estava eu ali, no mais intimo de mim... Querendo não soluçar, mas o lançar foi tão intenso que
derramando lagrimas, sorrindo, tremendo, estava eu a soluçar no choro, diante de mim mesmo...
Então resolvi segui o meu caminho! Lancei-me no meu intimo, descobrir o vale e o delírio.
Encontrei o caminho de mim...

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Quase não acreditei..


Em palavras tão precisas...
Não fosse a náusea que aqui dentro faz o que estava preso sair, estonteante
Entre o bater de ponteiros tão precisos,
No tempo imaterial aos olhos.
Na possibilidade: de quem pondera, de quem delira, de quem quer ter, da vertigem,  de uma ilusão...
Quase não acreditei....




quarta-feira, 4 de abril de 2012

Doce impulso

Pedra de Jade
Menina que faz das ruas seu grande mundo,
Anda nas ruas e assiste um sonho,
Lentamente como se fosse embalar nos ares
Me da tua mão, vem e me ama,
Com o doce impulso,
impulsivamente certeiro, com um olhar que penetra no largo do desejo,
As vezes aparece de azul claro, noutras vezes alegre de verde ou branco, Sempre sorrindo,
Seu sorriso me dá todas as vezes que nos encontramos, é a primeira coisa que ganho quando a encontro,
Seu sorriso me convida a sentir felicidade também,
Menina que anima meus dias tão normais fazendo ,de cada um, uma nova poesia,
com movimentos , com ventos, com mares imensos e com o cair do sol
E nós dois lá no fim daquele céu vermelho alaranjado,
Perdidos em olhar um daqueles barquinhos furando as ondinhas no mar e seguindo seu rumo,
Menina que tem a melodia da grande poesia jogada no ar, parece que o faz ao respirar, ouvir, mirar, falar poucas e certeiras palavras...
No seu rosto aquele brilho, com uma brisa de mar, Sempre sorrindo...
Suave e lindíssima, com aqueles cabelos com cheiro inconfundível.
E o beijo que é doce como um preciso impulso.
Menina que faz do meu mundo, um mundo inteiro, com caminhos imensos,
Menina que sem tentar, naturalmente, me faz tão bem....

terça-feira, 27 de março de 2012

O Infinito do outro lado


Meus olhos ficaram indefesos diante de ti, outrem, não fisicamnete falando, mas infinitamente.
Descobrir que há muito mais do que Eu em Ti. Desvendei o meu enigma de Ti e hoje contemplo,
tento deixar a, extrema, racionalização para enxergar um pouco mais. Seu Rosto se revelou para mim,
Agora devo-te ser responsável  pelo seu Rosto, Flutuando no infinito, logo alí... Sem face, sem expressão...
O mar agora tem dois horizintes, contemplo-te na profundidade de seu Rosto, ou melhor , Desejo-te!

Inspirado em "O rosto" de Emmanuel Levinas


sábado, 24 de março de 2012

Um homem e suas motivações


Às vezes se motivava em fazer o bem,
Às vezes se motivava a ser competente,
Às vezes dava bons exemplos,
Às vezes contava para os quatro cantos seus grandes feitos,
Às vezes se motivava a avaliar o outro
Às vezes mudava um objeto de lugar só pelo prazer de indicar onde deveria ficar,
Dizia que a essência da sua motivação era fazer o que é "certo", Mas esquecia que
muitas coisas simples e realmente mais valiosas, senão virtuosas, poderiam ser feitas. Às vezes fazia alguma coisa só para dizer para alguém que o fez, ou para designar esse feito para alguém,
Às vezes perdia a simplicidade de um sorriso para discutir algo de burocrático,
Às vezes era coerente com o que acreditava, as vezes não.
Às vezes perdia a oportunidade de não dizer algo que poderia ferir alguém.
Exigia tudo de todos e por qualquer motivo,
Às vezes se punha num pedestal,
Às vezes falava sobre obrigações,
Era um mestre em apontar o que é "certo a ser feito"
Denominava-se quase o próprio exemplo,
mas no fundo de si mesmo era vazio, triste e só
Tinha poucos ao seu redor,
Dificilmente se dispunha a uma conversa descontraída, a vontade
Sorria pouco e normalmente falava muito,
Não tinha amigos, se os tinha não os revelava,
Motivava-se em fazer de seu trabalho o melhor possível, " como dizia para todos"
Mas esquecia de ouvir os outros, de ter uma boa conversa, de ter bons amigos,
de falar coisas alegres, de conquistar o amor dos outros...
Um homem competente, experiente, capacitado e eficiente, como ele mesmo se intitulava,
Mas com poucos ao seu redor e com uma face sem felicidade.



sábado, 17 de março de 2012

Lívida Presença

Li vi ali do meu ladinho
Tão mais do que um talvez
Uma Travessa presença
Simples como a lua, para os não amantes
Lívida, clara, em preto e branco
Bela arte do acaso,
Suspiro meus devaneios de tua presença,
Tua boca alivia  meu sonho acordado
 Enquanto minha agonia fica aqui ao lado,
desse vidro, presente, intocável, translúcido.
Lívida, sim, não pálida, mas clara, quase que intencionalmente...
Sente que sonha e sorri pro vento,
no vento travesso que trás aquele cheiro,
Cheiro de você, impreguinante, alucinante,
O que se quer esconder nas incertezas está posto
O mistério tem seu sabor, experiente-o e diga pra mim, Sim.
Cante o desejo, conte-me um segredo, sinta o que não se sabe,
Surpreenda-me com a sua lívida presença, quase uma sentença ao meu querer,
Sonhe, e quando perceber-se no sonho, faça tudo,pois se um dia acordarmos,
Teremos mais do que um sonho, todos os seus beijos, abraços e desejos realizados,
Li vi alí do meu ladinho
Lívida, clara, em preto e branco
Bela arte do acaso,

Quase não acreditei!

domingo, 11 de março de 2012

Sem querer


Sem querer, eu vi tua beleza sutil,
Sem querer, tratei de esconder meus olhos dos teus,
olhei para baixo, mas mesmo sem te encarar me revelei,
Sem querer, vi os meus sentidos roubados por ti naquela dança,
dança suave, com a ponta dos pés suspensos, com o corpo leve,
com a exatidão dos movimentos em passos livres, soltos no ar,
se foi querer, estou perdido, perdido em teus passos,
acredite, eu estava ainda mais antes de derramar essas palavras aqui,
Sem querer, pensei em você todo o trajeto de volta pra casa,
Sem querer, eu quis te ter,
Sem querer, sua boca se tornou irresistível,
Sem querer, meu riso se desprendia de mim ao te ver fazer qualquer coisa banal,
Sem querer, ouvi tua voz cantada,
Sem querer, eu fechei os olhos e viajei, e viajei...
Sem querer, eu me vi envolvido por teu jeito simples de ser,
e agora não sei o que será, além do meu desejo de te querer e querer...

sábado, 3 de março de 2012

Um homem brilhante!


Um homem brilhante, eloquente e bem distinto falava aos ouvintes, citava também, Era coerente e por suas palavras lançadas ao mar de pessoas. Esse homem pescava alguns bocados de admiradores, pobre daqueles que não sabiam nem entendiam de suas farsas. Um certo dia deixou escapar suas anotações em um papel rabiscado, o papel caiu de sua mesa empurradas pelo vento, então um jovem ouvinte, gentil, viu quando aconteceu e resolveu pegar o papel para devolve-lo, quando o jovem passou os olhos rapidamente percebeu suas anotações de frases feitas, frases dos outros, frases famosas, frases cotidianas para os homens de seu tempo! Ao receber aquele papel do jovem ficou desconcertado, ambos ficaram na verdade. Ele por revelar-se e o jovem por desacreditar-se!
 

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Perfumando-me de ti


Vou perfumar-me com o cheiro de sua pele
Esse cheiro que arde meu desejo e me entorpece
Cheiro de pele suada, meio perfumada, arrepiada e acalentada.
Enquanto sinto, reviro os olhos e sorriu despercebido para o nada,
Você se aproxima e então distancia-se, o vestido baila com o vento, a música não para.
E meus pensamentos Soltos encontram-te no ar, perfumada.
Aproxima-se, olha-me, sorrir com um batom vermelho e deixa os lábios entreabertos, expostos ao ar. Eu sinto o cheiro de seu hálito, do pescoço, do cabelo, isso é um delírio, um feitiço
O mar vai bailando e o rastro da luz tremula remexe-se nas suas águas quentes da noite.
Mar salgado e doce, um caminho pro infinito.
Um cheiro quase fatal, enquanto isso Led Zeppelin toca bem baixinho num radio ali ao lado...  


Incensando a vida.


Um incenso perfuma uma sala,
A essência se desprende da ponta em brasa,
O cheiro dispara, para, desloca, espalha...
Toma toda sala,
Há ideias soltas no ar como fumaça,
Sinto o aroma e revivo momentos, sorrio pro vento
Tenho uma idéia clara, sensata ou insensata,
Depois deixo ela ir embora de mim, solta como fumaça do incenso,
Essência incensada de um objeto que desperta a mente, que percebe o cheiro, que revive o desejo
O lugar da Identidade é o mundo inteiro,
A pele fica sensível ao toque do vento,
E da janela o céu mais iluminado, encandeia o pensamento,
Abre-se a janela da mente, A dor Retida esvai-se, a gente nem sente,
A vida se desprende das mãos e do desejo, passa a ser essência,
Com um incenso, desnaturaliza, Faz-se Fumaça, Libertando-se incensada!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Qual a razão da sua existência ?



Sem punição, tratamento ou controle pela razão, a fantasia pode estar no controle do que é real aos seus pensamentos. Imagine se quase tudo o que se tem de mais importante na sua vida inteira fosse apenas uma imagem, uma miragem... inventando, criando, vendo, materializando, vamos vivendo. Nessa construção de si mesmo, agredir a si e a quem se ama pode ser, por tanto, acreditar na ilusão. Não falo de atos violentos e cruéis, mas sim de palavras cruéis , de indiferença, de egoísmos, de formas de vivenciar e acreditar! Então, o que é real, senão a realidade ? O amor me parece realidade, mesmo que não o veja do lado de fora, talvez seja Ele o que separa as ações das ilusões, é quase uma outra coisa, um outro tudo," o extraordinário possível". Talvez você tenha uma razão que te dê prazer de imaginar e sonhar, talvez seja como um esquizofrênico que vê algo mais do que a realidade, talvez tenha delírios, talvez seja feliz por não ser racional... Qual a razão de sua existência?




Vejo o mar e o pôr-do-sol,
Dou nome às ações,
Creio nas palavras.
Sou uma invenção do Verbo, Existo!
Racionalizo o pensamento, Penso!
Ponho uma questão fantástica a tona: "Quem nasceu primeiro o ovo ou a galinha?"
Sorrio, bebo alguma coisa e volto a dormir!
Por um momento achei que era a realidade...

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Noites silenciosas


Umas noites silenciosas,
Eu perdido em arrependimentos,
Eu encontro o avesso, seu avesso,
Hora paro, hora desacredito naquelas palavras, hora me convenço de que é um processo,
Hora desconheço minhas intenções,
Sinto por hora um fardo calado, um som ensurdecedor que me transtorna,
Desamor desvendado num só olhar, apenas uma imagem da ilusão,
Apenas um passo para o esquecimento,
Tento ver na imagem algo além de uma representação,
Mas o que me resta ?
Apenas o silêncio e umas migalhas de arrependimento.
Tristes imagens de minhas noites silenciosas...
                             
  (...)





Numa dessas noites pensei:
Eu tinha medo de encontrar-te, passei suas folhas entre meus dedos, e meus olhos em seus detalhes, até senti o cheiro de suas páginas com poucas palavras.
agora que eu encontrei, tu não existes,  uma leitura veloz e turva,
Diga-me o que eu fiz, fechei as tuas páginas?
Porque hoje és o que me desconheço, És o latim,
Um avesso numa fôrma, com o mesmos olhos desenhados, por lápis ou caneta,
Um desenho sem propósito em folhas em branco. Agora sem brilho e sem o fogo de outrora, beleza surda, desprotegida palavra, apática sintonia, porem com o mesmo tom suave de sempre e muda como nunca...






sábado, 11 de fevereiro de 2012

Boas intenções


A doce verdade fala,
Quer ensinar o que é doce,
Quer ensinar a realidade,
Senhora identidade de si mesmo, quase imposta, quando não ingênua
Obrigado, mas quero me privar de tantas intenções,
Por favor respeite o meu desejo,
Seja você e me deixe ser o que Eu quero,
Obrigado por tanta preocupação,
Obrigado por insistir, mas não, Eu não me encontro aí!
Não é esse caminho que eu quero,
De bons conselhos, muitas vezes tenho outras impressões,
Obrigado, não preciso dessas boas palavras!
Boas, sublimes, imponentes, precisas, sedentas de mim, cheias de boas intenções,
Desvendo-te, sutil intenção!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Um labirinto chamado existência.




A existência é mesmo um labirinto de solidão
Caminho só para encontrar-se no paradeiro de além      
Com realidade, com tinta, com canção

Hora por felicidade
Hora por vontade de felicidade
Entre caminhos e desvios nos vemos,
conhecemos, desconhecemos
procuramos,
desencontramos a saída,
retalhos de vida

Com um grão de felicidade nas mãos,
Com um sopro de vida no ar,
Com um vago sentido do olhar,           
Despidos em êxtase ficamos na multidão

A existência é mesmo um labirinto
um labor que dignifica,
Um trator que desumaniza,
uma mão que toma o pão do faminto,
Uma falta que enche a barriga do sedento.

A existência é um poço de águas cristalinas, onde o corpo se joga,
mas nem sempre a boca alcança,

Uma tela com o desenho da humanidade,
Um som com as vozes de súplicas,
Um caminho percorrido nas ruas do dia-a-dia
Um quadro pintado de realidade

Existência , fome, sede, amor, Falta, o outro, o Eu, Deus,
E o fim do túnel, existe realmente, ou o trem está vindo em nossa direção?
Porque de um sonho de repente podemos acordar com um choque, Choque de realidades existentes,
De uma bela,existética, consciente da vida.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Sei que te encontrarei... um dia

Sei que você está em algum lugar, num caminho perdido dos meus olhos, em meio a multidão, 
Sei que estará lá com seus óculos grandes, meio que caídos diante dos olhos...
Sei que encontrarei você assim, com os lábios entreabertos, com ar de espanto,
E os seus cabelos estarão soltos e levados pelo vento, desajustados terão o charme do acaso,
Seus olhos grandes me olharão como se me conhecessem,
Terá um livro nas mãos,
Seu vestido desajustado e caído dos ombros estarão soltos cobrindo sua pele...
Sua bochecha  estará corada e espero que por ter me encontrado,
Quando me fitar os olhos espero que eu não tenha coisas em mãos, para que elas não fujam ao chão,
Porque certamente fugirão...
Sei que o ar terá um cheiro suave e de repente tudo em minha volta  deixará de existir por alguns segundos,
Sei que  te encontrarei, linda, simples, simplesmente linda,
Se eu não conseguir te dizer  - Oi!, Por favor fale, nem que seja com um sorriso de canto...
Se eu não resistir e te der o meu maior sorriso, aceite, pois ele será de alma pra alma,
Se eu não conseguir falar, perdoe-me, As palavras muitas vezes fogem, outras são indizíveis ao sentimento,
sei que te encontrarei...
Sei que Seremos felizes,
Um dia....






terça-feira, 24 de janeiro de 2012

o Invisível





O invisível que nos constrange,
Aquele que nos culpa,
Nos veste de culpa,
Desveste da própria pele,
O que é CERTO, e está fora de nós,
Que nos toca, quase nos machuca por  nos sujeitar.
Controles controversos da construção. Quase uma contradição fundante.
E o ser, onde fica o ser, onde se humaniza o animal humano ?
Nas escolas, nas nossas casas, na palavra, no olhar, nos gestos, no corpo, no amor, na arte...
Se não sentisse tão feliz, diria-me que estou confuso, mas me disseram que sou feliz por ter tudo isso! Eu acreditei, em mim, em ti...
E onde está o grande mal que a todos domina, Em Uma sala monitorando o mundo ?
Sinto-me não monitorado por um grande mal, mas por iguais, que diante de uma normatização me olham o tempo todo e me punem também. Um bolo com recheio de moralismos, valores, poderes, liberdades, dominações, instintos,  a, b, c , 1, 2, x, y , z.... sem DESCARTar nenhuma das partES...


Subjetivação, consciência, naturalização, normatização, solidariedade, consenso, sociedade,
Felicidade.... o invisível que nos constrange

domingo, 22 de janeiro de 2012

Um punhado de Prazer Emprestado !


Quase nada Possui...
Senão um suplício para a alma,
Que possui senão o momento que demostra diante de uma plateia ?
Momento maqueado, momento de mostrar um lugar tão vazio quanto a existência de um amor...
Triste fim de um espelho sem lembranças, só lhe restou a imagem da ultima noite de Festa!
No Final da festa o que restou foi a sensação de ser tudo aquilo, de ter tudo aquilo, aquilo que
é o pedestal de uma vontade...
Só lhe restou do sorriso  o vazio de um coração esperando a próxima festa!
... E um punhado de prazer emprestado!


quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

"O primeiro amor"



Um amor inocente, de crianças.
Amor de pai, de mãe, de avô, de amigo...
Um amor incomodo que se transforma em confesso,
Um amor que não ver os seus limites,
Um amor que deixa de ser egoísta,
Um amor que luta por existir,
Um amor inesquecível,
Um amor que dói na alma, que nos faz lutar muitas vezes contra nós mesmo, mas no final se contempla no outro amor. Um encontro as cegas no infinito desejado mais do que se saciar no copo físico, comer e beber etc.  Um sorriso que se abre diante daquele(a) que nos faz tão especiais para nós mesmos. Muitas vezes um engano necessário a nossa satisfação. Um conflito, Uma representação, Um substantivo, Um adjetivo, Um inesquecível, um simples lugar onde queremos viver e sonhar. Um lúdico, um (i)racional, Umas letras bonitas, Uma pintura, um olhar parado, 

O VERBO...

Eis o infinito que nos dá e transforma nossa existência...

Inspirado no filme Flipped - O Primeiro Amor"

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Seria a vida uma Arte ?





E quem sabe tudo isso é arte,
Quem sabe é estética,
 Quem sabe é vaidade, mais uma forma, uma tela 
Seria a tradução da linguagem no sentido, transpondo o que será sentir,
Quem sabe a tranposição do signo é a realidade ?
Quem sabe se não é a arte ?
Ou seria a vida ? Ou seria o amor ? Ou seria sua invenção ? Ou seria uma imagem do que realmente somos ?Uma imagem...Arte e vida ...Vida e morte....
O lugar da falta uma tela em branco 
A inexistência pintada de arte! 
A vida fala da arte ? Ou seria o contrário ?
As formas de sorrir, As formas de contemplar, As formas de escrever, As formas e formas e fôrmas pré fabricadas...
Seria uma Arte ?

Uma invenção do amor


Algumas palavras bonitas num papel
Uma estrada com uns planos
Uma tela e umas pinturas
Um sorriso lindo e um olhar tão doce, Como se fossem reais
Uma invenção
Um conto com algumas poucas palavras
Uma forma de acreditar que existe algo, na verdade
Uma invenção,
Uma despedida,
Uma espera ansiosa,
Umas sensações,
Uma quase verdade,
Um quase sorriso,
Uma invenção,
Um jogo de espelhos e uns punhados de cores,
Um anuncio dentro da própria vontade,
Um avesso,
Um contrato,
Uma necessidade de amar,
Uns poemas rasgados no final das contas,
Uma invenção do amor.... de você....