sábado, 31 de agosto de 2013

Ninfa



Viver uma fantasiazinha é mais que fácil,
Já vivi tantas e tantas,
Perdi a conta,
Mas um dia uma ninfa se mostrou a mim,
Ela permitiu que eu olhasse em sua alma,
Nunca mais quis fantasias...
Se existem outras ninfas ? Nem sei dizer...
Mas posso te dizer, Eu vi uma... Em minha frente.
Não acredita ? kkk, nem eu acreditei, mas eu vi...
E ainda sorriu pra mim... Sorriso de estrelas...
Dizem que elas se disfarçam de mulheres comuns...
Aquela ainda visita meus sonhos..
Sabe, cansei do silêncio dos normais, da zoada silenciosa,
Dos Contos de algumas horas, meras horas...
Agora eu quero canto de ninfa,
Presença de ninfa,
Sorriso de ninfa,
Olhar de ninfa,
Botões de rosas, Cheiro de Jasmim...
Não sei de onde veio, se do mediterrâneo ou dos mares...
Dos rios ou luares...
Fantaziazinhas, o que são elas perto de uma ninfa ?
Ninfas são ninfas, e são belas até dizendo coisinhas...
Coisinhas que eu gosto de ouvir,
Me diz ninfa, quando você vai novamente aparecer pra mim?

Gabriel R

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Horas:




Insistem em ser rápidas nos melhores momentos,
Insistem em arrastar-se, quando estais longe, ansiosas horas...
Insistem em me oferecer possibilidades, doces ou amargas em dias, em horas, em segundos...
Deixem-me em paz, quero viver o parar do segundo: O sorriso dos olhos por horas... paradas,
Deixem-me entrar, na madrugada ou no dia, nas horas
Deixem meu bem sorrir. É tão bom ver os minutos se desfazerem no ar...
Deixem de ser travessas com um pobre apaixonado pelos mínimos detalhes... Os Mares não são infinitos e lindos em suas águas como os tempos diversos em segundos ou milésimos de segundos? Eu poderia entrar no mar e no tempo por horas, flutuar no momento...
Então deixem-me horas, Tragam-ma Horas, Levem-ma horas....
Deixem-ma em eternos segundos aqui, Mais um pouquinho...  Só mais um tiquinho de  horas... Mares de segundos...

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Juliette



Juliette, disse a si... Juliette, Juliette...
Porque faz assim consigo?
Se viu em frente ao espelho, como se quisesse enxergar-se,
Começou a perceber-se mais que antes.
Quem está em ti além de ti, Juliette?
Sabes como se diz sim e não, sabes, que eu sei...
Então porque escutas o que não és tu, Juliette?
Ter decisão também é ter solidão, pensou,
Porque daria a outro esse prazer de me pensar?
Seu caminho já era mais claro que antes...

Deitou-se e antes de dormir foi tomada por muitos pensamentos...
Lembrou de todas aquelas palavras que insistiam em te visitar em pensamento, lembrou-se dos imperativos, dúvidas, desejos, vontades, possibilidades, poesias... frases... palavras, letras... sons, cores... Estava quase adormecida quando lembrou de umas palavras:
                                 
                                                ...  Palavras faladas por ela lembrando algo que leu, sussurrado

Podemos sair por aí como dois desvendadores das manhãs, tardes e noites...
Podemos nos percorrer por entre curvas, calor, fantasias, rumores..
Podemos beber, alguma coisa, juntos... em nós escrever um conto,
Podemos cantar, andando por ai, cantando pros pombos nas praças,
Podemos nos divertir pelas ruas, fotografar as pessoas andando,
Podemos rir de nós mesmo fazendo besteiras por aí,
Podemos ensaiar uma aventura, podemos viver uma...
Podemos viver o dia e a noite,
Podemos tentar a ventura, podemos visitar amigos
Podemos abrir a ventana do mundo,
Podemos pintar uma tela multicor, sorrir, não fazer nada domingo de tarde... Podemos ter segredinhos, nossos.. nossas coisinhas secretas...
Ou apenas dançar... Um jazz, um samba, um amor, nós...
Esse seu olhar Juliette...

Juliette ouvia a sua voz, fechava os olhos e sorria... Lembrava-se daquela poesia,
Menina doce e ingênua, quase nua senão vestida...
Nua, solta, à deriva, vestida,  em um tabuleiro, como uma peça de xadrez,
As vezes caminhava em frente, as vezes de lado, as vezes voltava,
Como a rainha, diria, de copas, Vermelha, sutil como uma  princesa, seguindo uma linha desenhada.
Caminho apertado...

Juliette sabia o que dizia seu coração, sentia, recusava, chorava, pensava...
Até que percebeu que lutava contra si, duelava contra si, adormecida
Porque tão inocente e tão manipulada, Seguiria  sonhos  ou  imperativos?


Já se via imergindo em outro caminho que não o seu, sentia-se até impotente por não poder fazer algo sobre isso.
As vezes até queria sorrir e fingir que era apenas um sonho e que tudo voltaria a ser como antes, mas como seria se tudo já não era há alguns segundos ? Parece que o passar das horas pesava a ansiedade e dor das possibilidades. Mas como faria para vivenciar tudo aquilo e ainda ser feliz consigo ?
Então, adormecida, olhou no espelho, dentro de um sonho, e disse:
Juliette, "quem és tu" ?
Vai ser assim a vida inteira: avós, pais, amigos, conhecidos.... ?
Nesse momento, então, ela sentiu solidão.
Aquela solidão foi o inicio de si.
Juliette ainda chorava, ainda estava triste, ainda tinha os caminhos, ainda... Mas agora resolveu ter-se a si, resolveu ter solidão e resolver-se... Talvez tenha sido o caminho mais longo de sua vida, ou o mais curto, mas o iniciou. Ainda continuava cercada de todos, continuava amada, continuava belíssima como só ela era, mas agora tinha a si. Tinha-se em decisões.
Seu sonho era como o de Alice, revelador... era ela mais uma Alice, vendo-se a si...
Seriam todas as perguntas iguais e todas as respostas também, indagou-se?
 Sim... sim, pensou, assim como os novos livros surgem de antigas palavras....
Percebeu-se então em vários significados, contudo escolheu o seu... amou, sorriu, chorou, sofreu, novamente amou... Reconheceu-se.
Descobriu que seu nome era uma variação de um outro e que significava: Cheia de juventude.
Então acordou com uma voz chamando-te: Juliette... Juliette... Juliette
...
Pensou em prontamente levantar-se como fazia todos os dias, mas preferiu apenas responder. Ficou ali, ali mergulhada em seus pensamentos... tudo era novo...

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Já não sei



já não sei se...
Já não sei por onde...
Já nem sei de ti...
Já nem sei se quero,
Já não sei se chamo-te,
Já não sei se sinto,
Já não sei se resgato aquela vontade,
Já nem penso tanto naquelas músicas,
Já não quero mais misturar sua cores,
Já nem sei se falo,
Já não sei das cores, 
Já nem sei se...

Minha voz já estava ecoando...
Eu já nem te percebia,
Uma voz faltava no meu sonho,

Bela lembranças talvez me sirvam, 
Eu já nem te percebo, parece que fostes embora, fostes ?
Me diga qualquer coisa sobre nós...

                                  Já  não sei... 
                                                             Sobre nós... 
                                                                                        Já
                                                                                              nem
                                                                                                      sei...




terça-feira, 13 de agosto de 2013

Fuxico no ouvido:



Som de mar é que nem fuxico no ouvido,
Não tem como não gostar...
chiado sussurrado, segredinho miado
Parece fuxico de amor ao pé do ouvido:
Meu bem, ei, meu bem... vou fazer um fuxiquinho baixinho assim,
no seu ouvidinho...
Barulho de mar...
fuxico no ouvido...