quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Paixão


Tudo começa com o Boom! Aquela sensação que não se controla. E quem quer controlar, afinal? Então as pupilas dilatam, o corpo estremece, ficamos fora de nosso estado de controle.
Suamos frio, ficamos desesperados, perdemos a voz ou até criamos coragem. As reações são diversas, mas no final sempre vem o friozinho na barriga e a pergunta que não se cala. Será que está acontecendo comigo?
Encontramos-nos envolvidos pela explosão dos estímulos: (visual, olfativo, auditivo, tátil, fora o sexto sentido, que normalmente desperta às mulheres sensitivas), Então o nosso corpo pede para ter aquele outro desconhecido, nosso querer ofusca a razão e a emoção se transforma em quase tudo. Somos dominados pela emoção. A exacerbação do querer pode ser tão intensa ao ponto de se tornar patológica, ao ponto de nos fazer desistir de tudo ou de querer quase tudo.
A paixão não quer cara, credo, cor, condição social. Não! Ela quer simplesmente o outro, independente das conseqüências, na maioria das vezes.
A paixão é criativa, então começamos a idealizar o outro, criamos o ser perfeito para nossa necessidade. Boom! Surge o homem ou a mulher de sua vida. Mas daí vem às possibilidades de não ser bem o que se pretende, ou ser mais do que se espera. O final não é exato, é apenas uma sugestão... Um encontro ou desencontro.
A explosão da paixão é algo passageiro, não duradouro, normalmente. Já que nosso corpo não agüentaria uma descarga hormonal excessiva por todos os dias sem parar. Já pensou se toda vez que se encontrasse o outro o coração disparasse, as pupilas dilatassem, as mãos suassem, a voz fosse embora... Não daria para agüentar. Morreríamos de paixão. E essa não seria mais um doce, seria um veneno.
A paixão é tema de muito romances, novelas, filmes, livros, e de nossas vidas também. Muitos vivem bem por se apaixonar, outros morrem de paixão, Mas no final todos se apaixonam.
O lúdico, o místico, o abstrato, e o desconhecido fazem da paixão o sentimento que muda as vidas das pessoas, que impulsiona os relacionamentos, e ainda há quem diga que ela é o ponto inicial do Amor, o mais nobre de todos os sentimentos.

Enfim, se apaixonar é real e abstrato, porem é mais do que tudo parte de nós, parte da nossa condição de ser humano. Paixão tem testosterona, adrenalina, ocitocina, dopamina, mas também tem luxuria, atração, desejo, ligação, prazer, cor e sabor. Tem medo também, mas isso não é motivo para deixar de ter paixão. Pois faz parte de nós aquela sensação que não se controla.
E quem quer controlar, afinal?

Gabriel Revlon

2 comentários:

  1. LINNDOOOOOOOOO! Muito bom seu texto, me identifiquei em cada palavrinha! Pois é meu amigo, paixão é isso aí, beira o patologico, faz brotar na pele nossas fragilidades e vulnerabilidades... Medo? Muita gente tem. Mas eu ainda prefiro viver me entregando do que recuando.

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  2. Uma vida sem paixões não merece ser vivida... Quem tem medo de se apaixonar, é porque nunca o fez, pois quem já se apaixonou pelo menos uma vez na vida, sabe que só de ter em sim um sentimento tão incrível, não precisa ser correspondido, basta ter ampliado seus horizontes.... grande bjoO.. ;*

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