quinta-feira, 4 de abril de 2013

Não me ponha sobre a mesa

Não me ponha sobre a mesa, nem contra a parede,
Não sou seu, e nem te peço que me faça uma mesa,
Dê-me apenas o que for livre, aquilo que flui sem compromisso,
Não me force a aceitar suas vis recompensas, nem a me vender por donativos,
Querer me submeter a quê, ao seu bom querer?
Não, de fato eu me reconheço no espelho.
E por sinal minha mãe já me apresentou ao espelho há alguns anos atrás,
Depreciar minhas escolhas não me fará desistir delas,
Pois eu sei, eu bem sei, que quem dá valor as vis palavras é o ouvinte,
Sem ouvidos atentos as palavras são apenas sons despercebidos no vento.
Ainda que eu veja exclamações no final de uma vil afirmação, sei que na verdade o verdadeiro lugar é de uma interrogação. Como também sei que sugerir pode estar implícito em uma exclamação ou numa pergunta...
Poupe-me de intenções disfarçadas, e obrigado pelas simples e sinceras.
Não me ponha sobre a mesa, nem contra a parede,
Não, eu não quero!

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