Olá, meu amor, disse-me baixinho essa manha,
E me vi sorrindo de olhos fechados,
Encontrei um banquinho ao meu lado e acheguei-me,
Então vim e venho me visitar todos os dias ....
Venho sonhando desde a infância,
Venho andando e já posso ver as peças desses mapas,
Venho tentando fingir para os fingidos,
Venho cantando em um tom despercebido,
Venho até respirando ares puros,
Venho me dizer o que penso,
Venho afirmar o que quero,
Venho dizendo Não, Não Quero.
Venho descobrindo o incomum em mim,
Venho percebendo que não gosto do doce que você deixou em minha boca,
Venho tirando tijolos dos muros antigos,
Venho Andando devagar,
Venho divagando nos caminhos do agora,
Venho ouvindo os cantos de Antigamente,
Venho lendo poesias de almas iluminadas,
Venho perdendo o senso da realidade,
Venho construindo o que acabei de quebrar,
Venho todos os dias perguntar a mim mesmo,
Olá, meu amor, como você está ?
Pura delicadeza de si mesmo, lírico, envolvente e cartático.
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