quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Sei que te encontrarei... um dia

Sei que você está em algum lugar, num caminho perdido dos meus olhos, em meio a multidão, 
Sei que estará lá com seus óculos grandes, meio que caídos diante dos olhos...
Sei que encontrarei você assim, com os lábios entreabertos, com ar de espanto,
E os seus cabelos estarão soltos e levados pelo vento, desajustados terão o charme do acaso,
Seus olhos grandes me olharão como se me conhecessem,
Terá um livro nas mãos,
Seu vestido desajustado e caído dos ombros estarão soltos cobrindo sua pele...
Sua bochecha  estará corada e espero que por ter me encontrado,
Quando me fitar os olhos espero que eu não tenha coisas em mãos, para que elas não fujam ao chão,
Porque certamente fugirão...
Sei que o ar terá um cheiro suave e de repente tudo em minha volta  deixará de existir por alguns segundos,
Sei que  te encontrarei, linda, simples, simplesmente linda,
Se eu não conseguir te dizer  - Oi!, Por favor fale, nem que seja com um sorriso de canto...
Se eu não resistir e te der o meu maior sorriso, aceite, pois ele será de alma pra alma,
Se eu não conseguir falar, perdoe-me, As palavras muitas vezes fogem, outras são indizíveis ao sentimento,
sei que te encontrarei...
Sei que Seremos felizes,
Um dia....






terça-feira, 24 de janeiro de 2012

o Invisível





O invisível que nos constrange,
Aquele que nos culpa,
Nos veste de culpa,
Desveste da própria pele,
O que é CERTO, e está fora de nós,
Que nos toca, quase nos machuca por  nos sujeitar.
Controles controversos da construção. Quase uma contradição fundante.
E o ser, onde fica o ser, onde se humaniza o animal humano ?
Nas escolas, nas nossas casas, na palavra, no olhar, nos gestos, no corpo, no amor, na arte...
Se não sentisse tão feliz, diria-me que estou confuso, mas me disseram que sou feliz por ter tudo isso! Eu acreditei, em mim, em ti...
E onde está o grande mal que a todos domina, Em Uma sala monitorando o mundo ?
Sinto-me não monitorado por um grande mal, mas por iguais, que diante de uma normatização me olham o tempo todo e me punem também. Um bolo com recheio de moralismos, valores, poderes, liberdades, dominações, instintos,  a, b, c , 1, 2, x, y , z.... sem DESCARTar nenhuma das partES...


Subjetivação, consciência, naturalização, normatização, solidariedade, consenso, sociedade,
Felicidade.... o invisível que nos constrange

domingo, 22 de janeiro de 2012

Um punhado de Prazer Emprestado !


Quase nada Possui...
Senão um suplício para a alma,
Que possui senão o momento que demostra diante de uma plateia ?
Momento maqueado, momento de mostrar um lugar tão vazio quanto a existência de um amor...
Triste fim de um espelho sem lembranças, só lhe restou a imagem da ultima noite de Festa!
No Final da festa o que restou foi a sensação de ser tudo aquilo, de ter tudo aquilo, aquilo que
é o pedestal de uma vontade...
Só lhe restou do sorriso  o vazio de um coração esperando a próxima festa!
... E um punhado de prazer emprestado!


quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

"O primeiro amor"



Um amor inocente, de crianças.
Amor de pai, de mãe, de avô, de amigo...
Um amor incomodo que se transforma em confesso,
Um amor que não ver os seus limites,
Um amor que deixa de ser egoísta,
Um amor que luta por existir,
Um amor inesquecível,
Um amor que dói na alma, que nos faz lutar muitas vezes contra nós mesmo, mas no final se contempla no outro amor. Um encontro as cegas no infinito desejado mais do que se saciar no copo físico, comer e beber etc.  Um sorriso que se abre diante daquele(a) que nos faz tão especiais para nós mesmos. Muitas vezes um engano necessário a nossa satisfação. Um conflito, Uma representação, Um substantivo, Um adjetivo, Um inesquecível, um simples lugar onde queremos viver e sonhar. Um lúdico, um (i)racional, Umas letras bonitas, Uma pintura, um olhar parado, 

O VERBO...

Eis o infinito que nos dá e transforma nossa existência...

Inspirado no filme Flipped - O Primeiro Amor"

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Seria a vida uma Arte ?





E quem sabe tudo isso é arte,
Quem sabe é estética,
 Quem sabe é vaidade, mais uma forma, uma tela 
Seria a tradução da linguagem no sentido, transpondo o que será sentir,
Quem sabe a tranposição do signo é a realidade ?
Quem sabe se não é a arte ?
Ou seria a vida ? Ou seria o amor ? Ou seria sua invenção ? Ou seria uma imagem do que realmente somos ?Uma imagem...Arte e vida ...Vida e morte....
O lugar da falta uma tela em branco 
A inexistência pintada de arte! 
A vida fala da arte ? Ou seria o contrário ?
As formas de sorrir, As formas de contemplar, As formas de escrever, As formas e formas e fôrmas pré fabricadas...
Seria uma Arte ?

Uma invenção do amor


Algumas palavras bonitas num papel
Uma estrada com uns planos
Uma tela e umas pinturas
Um sorriso lindo e um olhar tão doce, Como se fossem reais
Uma invenção
Um conto com algumas poucas palavras
Uma forma de acreditar que existe algo, na verdade
Uma invenção,
Uma despedida,
Uma espera ansiosa,
Umas sensações,
Uma quase verdade,
Um quase sorriso,
Uma invenção,
Um jogo de espelhos e uns punhados de cores,
Um anuncio dentro da própria vontade,
Um avesso,
Um contrato,
Uma necessidade de amar,
Uns poemas rasgados no final das contas,
Uma invenção do amor.... de você....

Em silêncio :




Sou quem não diz o que é preciso,
Quero a luz que torna visível o amor,
Sinto o amor e calo, mesmo querendo Cantar, contar, verbalizar o que meu corpo já reconhece,
Porque não sei escrever o que sinto ?
Calado, estou explodindo onde o sangue corre,
Dizendo pra mim mesmo o que não diria alto,
Sendo Um outro quando deveria Ser aquilo que sinto,
Fico só, penso, penso novamente, esse querer não sai de meu pensamento,
Guardo esse silêncio que me despedaça por dentro,
Mantenho esse contrato que me faz não dizer o que penso, nem ser o que sou
Eu te amo, mas não sei o que é o amor,
Eu apenas sinto e finjo que tudo não passa de uma ilusão dentro de mim.
...
Onde e quando te criei dentro de mim, como te pintei no quadro de minha vida ?
Porque você faz tanto barulho dentro de mim, Porque sinto coisas esquisitas dentro de mim ?
Porque não sei dizer tudo isso pra você, porque penso tanto em você ?
Porque você tem o poder de me fazer feliz ?
Porque rouba minha liberdade ?
...
Então o que resta de tudo isso é o silêncio!

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Uma mulher e seu espelho



Eu me amo, eu dizia, eu olhava e me via, pensava que via.
Eu me chamo querer, Querer o que todos querem, com orgulho.
Eu digo palavras caricaturadas, contudo amarguradas.
Minha  fala quando revela-se realmente do ato, surpreende-me. Eu sou outra,
Aquela sem espelho, Triste, Feia, Carente, Desprotegida,
Sou eu, pequenina sem o meu espelho,
Sou aquilo que sou, reconheço. Mas por hora nego o que sou para ter aquilo que me foge as mãos. O amor ?
Encontro o conforto, atenção e carinho, Sorriu, Com um lindo sorriso cor escarlate.
Meu espelho deveria ver meu lindo sorriso, minha alegria, meu prazer. O mundo misterioso que tenho quando estou com meu  suspiro pela liberdade, ou ao menos o desejo por ela, minha amante e também amiga.
Eu por vezes fico submersa em minhas angustias,
Eu me faço objeto de um espelho imperativo,
Eu que te amo e me reconheço sem espelhos, mas não consigo deixá-lo, Pois sei que o amor-espelho é belo, é vazio, é esplendido, é ausente, é compreensivo, é indiferente, é o virar de meu rosto derramando uma lagrima escondida em mim e o quase imediato revirar um sorriso fingido com lagrimas presas e enxugadas pelo meu orgulho.
Eu, uma mulher com um espelho e um sorriso escarlate.