terça-feira, 8 de março de 2011

Amanhecer



Ainda existia escuridão, mas já transparecia um azul acinzentado no céu. A beleza se fazia presente em meio às ondas que chegavam à praia e deixavam o som tão característico do vento se misturando a água e a areia em segundos, porem  por repetidas vezes, até  todas as ondas se acalmarem na beira do mar. Elas enfim chegaram em seu caminho final, ou quem sabe voltariam  ao oceano ?
Aos poucos os traços tímidos de luz se faziam nas bordas infinitas das nuvens. A luz deixava uma mistura de cores desde o amarelo dourado até o vermelho amarronzado ,só que a luz estava concentrada ali ainda. O sol ainda não havia nascido por inteiro. Pouco a pouco o Sol deu seu esplendor, chegou e fez da noite um rastro acinzentado, na verdade tendendo ao branco, já que a luz diluía a penumbra...
Lentamente tudo foi ficando claro, Era isso! Tudo se fez claro. O sol estava ali, só que esse era o momento de aparecer em seu esplendor. Então minha vida se fez clara, alva e transparente diante do inevitável. Agora já havia luz intensa, então comecei a sentir o calor que chegara com a luz.
Olhei para o chão e peguei dois coquinhos, fiz um jogo de probabilidades, fiz pedidos à Deus, e me vi totalmente envolvido por tudo o que não existia. Ali nasceu o novo dia na minha vida.
O sol era visível, mas eu não poderia tocá-lo, mais que pretensão a minha querer tocá-lo.
Sei que Havia algo muito especial naquele dourado, sei que o dia seria Radiante, assim como o sol, sei que seria alegre como a luz que lhe era aparente.
Após contemplar o amanhecer fui para casa e no caminho pensei : o que esse novo dia tem pra me mostrar, pra me ensinar? Quero simplesmente viver para descobrir e clarear tudo aquilo que ainda se esconde em uma fina camada de escuridão.

Gabriel Revlon

3 comentários:

  1. Lindo o texto,me lembtrou muito um quem escrevi.

    Entardecer
    "Lembro-me tão nitidamente, como se eu respirasse o mesmo ar,como seu sentisse os meus grãos de areia entre por meus dedos, enquanto eu caminhava em direção ao imenso azul.O sol acenava um adeus doloroso querendo iluminar por mais alguns segundos,lutando contra o horizonte que parecia querer esconde-lo.Já sem forças ele se vai,deixando o céu num tom alaranjado por alguns minutos,marcando sua despedida.A brisa começa a entoar um tom levemente fresco,as ondas pareciam cortejar as pequenas conchas que maninhasse entorpecidas.
    Respiro fundo,
    E é como se o ar invadisse meus pulmões limpando todo o ar poluído,deixando agora uma sensação de utopia!
    A certeza sempre existiu, porem pra mim sempre foi infinta."

    beijooos e estou esperando sua ideia pro nosso texto juntos..

    ResponderExcluir
  2. Gabriel, você tem talento, menino!
    Gostei demais daqui!

    Vou seguir-te!

    Beijos!

    ResponderExcluir
  3. Muito bom teu texto...parabéns!Conheci seu blog através do de um amigo,Emanoel,do "Um Dia Pra Começar".
    Pretendo frequentar isso aqui!rs
    Abraço

    ResponderExcluir