domingo, 19 de setembro de 2010

Vozes da Adolescência


Adolescência, amadurecendo o corpo na essência do viver. Entre brigas, amores, paixões, choros e intrigas, seguindo a rima, a vida nos ensina. o coração bate forte e a rima mais uma vez bate na porta dos porquês...
- Por que me olham assim ?
- Por que tantas mudanças ?
- Por que minhas mãos soam quando ela(e) está perto ?
(...)

- E quando não sei o que dizer?
- E quando quero conversar?
- E quando quero botar pra fora o que me angustia?


PRECISO CONVERSAR... PRECISO FALAR... PRECISO GRITAR...


-Preciso de alguém que possa me escutar, preciso desabafar.
IdentIDADE descoberta, desejos a flor da pele, pupilas dilatadas, ouvidos atentos.Tudo ou nada pode  acontecer no decorrer do tempo  e mesmo quando sei que “não posso” quero provar pra ver...
- Quero sentir, quero desvendar as fronteiras do viver...
- Quero provar o amargo e o doce do ser...
- Quero pagar pra ver...
- Quero Adrenalinaaaa...
- Quero pensar nela(e) o dia todo, haaaaaa ”suspiro”

Posso te contar um segredo?
- Eu sou o amadurecimento, o empírico, o teste, o sonho, o lúdico, o pintor com a tinta na mão e desejo  pintar um quadro em branco.
-Quero escrever as páginas em branco do diário do dia-a-dia
-Por favor, me entenda...
E enquanto tudo isso acontece, seguimos a rima, amadurecendo na essência do viver.


sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O vidente



O vidente via em sua bola de cristal uma luz vermelha, ele via também outras cores, mas em tons fracos. Via sorrisos, pais abraçando filhos, amigos de mãos dadas e alguns de mãos erguidas. Era tempo de felicidade, pensou ele.
Uma mulher, porém, se destacava entre aqueles homens, seu nome era Continuidade.
Continuidade tinha um brilho incomum. O vidente tinha a impressão de que muitas pessoas a queriam em evidência. Mas por quê? Perguntou-se. Seu brilho era muito forte, comparado ao de uma estrela. Era isso! Exclamou para si. Logo ele se deu conta que não se tratava só de amigos e familiares, havia também homens de negócio fotografando todos aqueles sorrisos, abraços e mãos erguidas. Homens de negócio? O vidente não entendeu bem o que ocorria, mas continuou a observar.
Outra figura importante naquela visão chamou a atenção do vidente, um barbudinho que se dizia companheiro de continuidade... Tinha um discurso sereno, calmo, suave, dava impressão que ele tinha boa vida. Em seu passado o vidente viu luta, discursos, amigos, homens de negócio, viagens, muitas por sinal, além de uma amizade estreita com os homens de negócio. Todos eles sorriam muito, tinham sorriso para dar e vender.
O barbudo emitia a mesma cor de Continuidade, um vermelho intenso. Só que os homens de negócio o pintavam com outras cores e ele tentava se lavar como se não quisesse aqueles tons. Muito estranho, ele pensou.
O vidente começou a ficar confuso, mas simpatizou com tudo aquilo que via. Ele gostou de toda aquela trama. Minutos mais tarde saiu para espairecer e pensar sobre tudo aquilo que viu há pouco.
A mãe do vidente percebera que o seu filho tinha saído do seu quarto em direção a rua, ele tinha no semblante um quê de felicidade e descoberta. Ela entrou em seu quarto e desligou a TV que estava ligada. Saindo do quarto viu uma bola espelhada ao lado da cama de seu filho, mas saiu sem dar importância. Pensou ela, Esse menino anda no mundo da lua!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A Essência das palavras


De onde vem a essência da palavra, Do falar, do ouvir, do viver, do ser e estar?
Palavras cruas são temperadas por minha e sua cultura, algumas perdidas e outras encontradas, agregadas, e por um tom, o Mi se torna Fá, e lá vai à música pro Se.
Ou seria o Sí?  Nota-se que o tom diferente pode soar outro efeito, outro gesto na dança ou outro sabor em cheiros e fantasias... Que delícia, essa coisa de tentar escrever a sensação.
 Contemplo... Procuro as palavras catadas em sua escrita inscrita em Ser e estar. Paro no meio do caminho... És a própria sensação.  O mar em um copo d’água, o completo na parte. Tento até mexer com vogais e consoantes, mas os sons percussivos, violas, comidas, amores, São!
E eu catando grãos de areia para que Estejas aprisionada em um papel... 

Gabriel Revlon Seabra