Botei nos zói e vi umas coisa embaçada,
Mei turva, mei disfocada,
Meu mundo entonce virô uma estoria errada,
Vi muleque andando doido, vi cor misturada,
Coisa Borrada! Parecia inté con-di-fada,
Fui no concertadô de lente e entoce ele me disse
que aquela não sirvia pra mim, tu visse ?
Coisa estranha essa doidera de lente, cumpade, diga pra mim ?
Mó de ver melhô, tirei as lente embaçada,
Fiquei só com as armação, era de uma marca assim, das importada,
Cumpadeeee! Eu num sabia que meus zói era tão bom,
Agora que da lente do zoto me larguei
Vejo o mundo com as estoria que eu mermo criei,
Sem a lente do zoto vejo meus gosto,
Pois é, cumpade, vou seguindo meu caminho,
Lente de estrada é coisa engraçada,
Na hora fica até bunito, mas a enxaqueca é apressada,
Me dexe ir agora, porque tem monte de coisa pra fazê.
O mundo livre, pois bem, é assim que eu gosto de vê!
Ainda bem que a lente não ficou pregada em seu rosto. vlw gostei do conto metafórico.
ResponderExcluirAdorei! :) É autoral? :*
ResponderExcluirsim, sim... É meu Bibia :D
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