quarta-feira, 30 de maio de 2012

Encontro Secreto


Encontrei mais do que esperava,
Secreta sensação despida em cheiro, toque, arrepios e sorrisos soltos ao ar,
Como se não houvesse questionamentos de ti, apenas o arrepio, o corpo e a alma... A exclamação!
Flutuei no ar do aroma leve, de pele a pele busquei o caminho perfumado de ti,
Logo revirei os olhos, não acreditei...
Cheguei até a notar que existiam mais dos que eu, você e o infinito,
Não fosse o relógio e as vozes ao redor eu ficaria ali em transe,
Encanto secreto escondido em sua pele,
Encontro secreto com cheiro da pele crua, levemente perfumada
Feelin' Love, em sua melodia sensual, em meu pensamento ecoava mais que um jazz envolvente,
Suplicas de desejo secreto! Gritando por dentro...
Cheiro de boca e calor da respiração, Seus, em meu respirar, procurando-te de olhos cerrados,
Estive entregue por horas a fio, mas foram apenas meros minutos, meu bem,
De olhos fechados fiz suplicas, salivei, sorri, delirei...
Misturei tua energia e força as letras de seu nome,
E flutuei no cheiro de sua pele,
Feelin' Love, e cada nota te deixava mais irresistível,
Encontrei mais do que a sensação, o significado,
Encontrei você ali, meu desejo secreto...
No escuro encontrei o único cheiro, em sua pele fina...
Inspirando você e delirando, em transe, em nosso encontro secreto.
Depois de muito outros você disse sim! Encontrei seu sorriso, agora de olhos abertos....



terça-feira, 29 de maio de 2012

Talvez seja...


Talvez a única coisa real seja o amor,
Talvez seja o espelho da vida a estética
Talvez o homem tenha chegado ao pensamento puro, virtualizado,
Talvez tenha perdido o controle, e esse existiu realmente ?
Talvez seja a projeção de nós mesmo, o cotidiano,
 Pintados, pelas ruas, seduzindo nas formas e cores,
Desesperados, escravos da beleza,
Talvez seja um grande sonho senão ilusão,
O homem que viveu, morreu, na representação,
Talvez o amor seja a única coisa real,
Atemporal o amor anda em todos os lugares,
Pairando no ar como essência, como fumaça, como vida real.



quarta-feira, 23 de maio de 2012

O dobrar das arvores



Quem diria que o sol faz dobrar uma arvore,
Com o rastro da luz a arvore desvia seu caminho, enverga para o caminho do sol,
Outras arvores, plantas e plantinhas preferem a escuridão ou que sabe abundancia de água,
Enquanto isso, os cactos muitas vezes solitários desfrutam da aridez do solo, sem água e sem sombra...
As arvores crescem e se dobram, nascem e crescem aos monte embaixo de outras,
Há quem diga que as minusculas não são arvores, são arbustos, outras com folhas largas fazem sombra,
Às vezes penso, como seres tão perfeitos, vistosos, essenciais à vida dos outros seres não se dobram às palavras...
Seres tão vistosos e complexos vivem da abundância e privação...
Imagino eu, a ciência que estuda as arvores, a assimilação da luz na fotossíntese, o método de dobramento dos galhos, a curvatura dos troncos...
Sem aceitação e sentido atribuído pela "consciência de si", como haveria entre nós (pre) conceitos, ética, estética, valores, palavras, entendimento ?
Não seria mais fácil ser como no cotidiano das Arvores Reais e aparentemente inanimadas, vegetativas, contudo dinâmicas, frutíferas, venenosas, doadoras e ceifadoras de vidas, mesmo sem consciência daquilo que as vezes está em nossa frente, O Obvio! 
Não conhecedoras de si e de seus processos internos e dinâmicos elas crescem e morrem todos os dias, Trágico! Algumas sem chance de desenvolver são arrancadas, queimadas, devastadas. Enquanto outras são amadas e cultivadas ou até mesmo livres nos campos e florestas crescem, vivem, frutificam e morrem... Destino sublime e cruel o das arvores...
E eu aqui me perguntando, por que ou quem dobram-se as arvores ?

O vento e a maré


A maré até então calma desperta-se tomada pelo vento no litoral...
Maré vai e maré vem, sexta é dia de maré vazante, porem logo depois
no domingo é hora da maré voltar, cheia, vem com calmaria mas também chama a ventania.
A maré chega e fica dia de semana, cheia de alegria.... O vento então sopra devagar, levanta, balança cada onda na maré fazendo sons e balé com pedrinhas e contas no mar...
Eu vi Nega, eu vi o sol raiá diante de mim, diante de nós, no encanto, no encontro da maré e do vento
misturando o sentidos, misturando o fogo com o azul do céu, com o esverdeado do mar, com o laranja avermelhado do raiá do sol, com todas suas cores... eu vi Nega, no reflexo de seu olhar... Eu vi....